A exploração sexual de crianças e o tráfico de mulheres são temas de campanha de
conscientização promovida pela ARTESP (Agência de Transportes do Estado de São
Paulo) e pelas concessionárias que administram as rodovias paulistas, em parceria
com o Ministério Público do Trabalho (MTP). Estão sendo distribuídos panfletos nas
praças de pedágio e afixados cartazes com informações sobre essas duas práticas:
como se prevenir, danos psicológicos que causam às vítimas, penas a que estão
sujeitos quem comete esses crimes e, principalmente, onde denunciar.
 

Estão sendo distribuídos 370 mil folhetos. Cada concessionária adotou um
calendário específico para desenvolver a campanha. Mas boa parte delas intensificará
as ações em datas próximas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio. A Ecovias, por exemplo, distribuirá
material nos postos de Serviço de Atendimento aos Usuários (SAUs) e no pátio de
estacionamento de caminhões, no km 44 da Rodovia Anchieta. Além da divulgação do
material impresso, algumas concessionárias, como a Autoban e a Triângulo do Sol, vão
colocar mensagens sobre o tema nos painéis de mensagens variáveis ao longo das
rodovias – aqueles que trazem informações sobre as condições das rodovias. A SPVias
colocará informações da campanha em seu site.
 
Os folhetos chamam a
atenção para o crime cometido com a exploração sexual de crianças e adolescentes.
São quatro capas diferentes, mas todas destacam a mensagem “Exploração sexual de
crianças e adolescentes não é brincadeira, é crime”. Em cada versão há um destaque
diferente, mas todos referentes à criminalização do ato: “Turismo sexual infantil:
passagem direta para a cadeia”; “Quem faz programa com criança assiste à vida da
prisão”; “Uma noite com uma criança, 10 anos vendo o sol nascer quadrado”; e
“Programa com criança: pague com 10 anos de cadeia”.
 
O material aponta
ainda para os danos que são causados à criança vítima de exploração sexual e à sua
família, além de trazer dicas para evitar que outras pessoas se tornem vítimas desse
crime. Para denunciar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes basta
ligar no Disque Denúncia (100). As informações serão investigadas e o denunciante
mantido em sigilo.
 
Já os folhetos da campanha para evitar o tráfico de
mulheres chama a atenção para a facilidade de ofertas de emprego no exterior com
alta remuneração. “A promessa era de um bom emprego no exterior. A realidade foi de
trabalho escravo e prostituição. Tráfico de pessoas, não caia nessa” é a mensagem
principal. A parte interna do folder explica como age a máfia do tráfico de mulheres,
destacando que crianças e adolescentes também são aliciadas, e aponta as
precauções a serem tomadas para não se tornar uma vítima. Para denunciar este tipo
de crime há, além do Disque Denúncia (100), a Central de Atendimento à Mulher (180).