Mário Del Cistia Filho, advogado do comerciante Fábio Hiroshi Hattori, 27 anos, que causou o acidente que matou seis jovens e deixou outros seis feridos, já está trabalhando no caso e deve entrar com pedido de habeas corpus até às 13h desta segunda-feira para que seu cliente aguarde em liberdade. Segundo o advogado, Hattori é réu primário, tem residência fixa e não representa ameaça.

O atropelante foi encaminhado ontem à Cadeia Pública de São Roque, mas deve ser transferido anda está manhã para o Centro de Detenção Provisória de Sorocaba. Segundo o advogado, logo depois do acidente ele não teve a oportunidade de conversar sobre o ocorrido com o seu cliente e conta que apenas o orientou a não falar sobre o caso. 

O motorista que atropelou e causou a morte de seis jovens, deixando outros seis feridos, em Sorocaba, dirigia embriagado. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o teste do bafômetro apontou que ele apresentava 0,63 mg de álcool por litro de ar. O motorista foi levado ao plantão da Polícia Civil e autuado por homicídio culposo. O acidente aconteceu no km 107 da rodovia Raposo Tavares (SP-270).

Ilson Holorato dos Santos é morador de um condomínio localizado na Raposo Tavares e passou pelo local do acidente dez minutos depois do ocorrido e contou que o acusado não apresentou resistência a prisão e nem estava algemado dentro da viatura. Santos conta também que conversou com o jovem e que ele entrou em contato com a família de Hattori.

Já o representante comercial Cleiton Rodrigo pilotava uma motocicleta cerca de 300 metros atrás da Saveiro e viu o atropelamento. Ele contou à reportagem, na tarde de ontem, que o motorista perdeu a direção e foi para a direita, atingindo várias pessoas que andavam pelo acostamento. Cleiton disse que a Saveiro voltou para a pista e depois foi novamente para o acostamento, atropelando mais gente e acredita que o comerciante pretendia fugir do local. “Ele tentou ligar o carro, mas o motor não pegou”. O socorro foi rápido, em menos de dez minutos, de acordo com Cleiton.

De acordo com Cleiton, entre 20 e 30 jovens caminhavam pelo acostamento, em direção a um ponto de ônibus. O choque do veículo prensou as vítimas contra a defensa metálica