Enquanto o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não instala balanças móveis nas extremidades das pontes provisórias sobre o Rio das Velhas, no km 455 da BR-381, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, policiais rodoviários tentam controlar o peso das cargas na base do “olhômetro”. As travessias metálicas instaladas pelo Exército, em substituição à ponte danificada em abril, têm capacidade para até 60 toneladas.

Na quinta-feira, depois de protestos contra a falta de balança e a proibição de passagens de carretas de grande porte, houve flexibilização por parte do Dnit e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Carretas bitrem e rodotrem, que são formadas por um cavalo mecânico e dois semirreboques, antes com tráfego proibido, podem passar dividindo a carga. O Dnit promete instalar as balanças móveis até o fim da próxima semana.

Segundo a PRF, pela configuração da carreta bitrem, seu peso máximo chega a 57 toneladas, incluindo o veículo e a carga máxima suportável. A Rodotrem atinge no máximo 74 toneladas, quando carregada. Dividindo a carga, a travessia é segura, segundo o policial Márcio Luiz Ferreira Carvalho, encarregado da fiscalização. “Bitrem e Rodotrem podem passar completas, quando vazias. Veículos com apenas o cavalo mecânico e uma carreta nunca ultrapassam a 60 toneladas quando carregadas”, garante o policial.

A ficalização da PRF, segundo o agente, é 24 horas Há uma equipe no Posto Beija-Flor, a poucos metros da ponte, sentido Vitória (ES), e no posto da PRF, no sentido contrário. “É fácil saber se as carretas estão vazias, pois os eixos ficam levantados”, explicou o policial. Segundo ele, o peso da carga que consta na nota fiscal não está sendo considerado, pois não pode ser confirmado. Nessa sexta-feira, um motorista do Paraná não aceitou a decisão da PRF, alegando que a sua carga era inferior ao peso máximo permitido na ponte, mas foi obrigado e passar com uma carreta de cada vez.

Arrastões

Como se não bastassem os transtornos, os engarrafamentos e a espera para transpor as pontes, quem passa pelo trecho está também exposto à violência. Um grupo com pelo menos seis adolescente aproveitou os congestionamentos para atacar motoristas e passageiros, na altura do Bairro Jardim Vitória, Região Nordeste da capital. Militares do 16º Batalhão foram para o local depois de denúncias de que os infratores, com armas de fogo, promoviam um arrastão. A PM não informou quantas pessoas foram roubadas pelos menores.