Dez manifestantes seguem presos nas polícias Federal e Civil, em Pelotas, no sul do Estado, após desocupação das estradas da região devido à liminar expedida pela Justiça Federal.

Eles teriam apedrejado veículos, incluindo dois carros da Polícia Rodoviária Federal, e colocado fogo em pneus, desobedecendo a ordem judicial.

Por volta das 23h, a PRF chegou no km 66 da BR-392, em Pelotas, para dissipar a multidão. Duas pessoas foram presas em flagrante, pois teriam quebrado carros que se aproximavam da rodovia. Uma delas foi levada à Polícia Federal e outra para a Polícia Civil.

Em Canguçu, no km 118, oito manifestantes também foram presos em flagrante, por volta das 3h. Dois deles teriam colocado fogo em pneus e bloqueado a estrada. Seis pessoas foram flagradas jogando pedras em caminhões. Eles foram encaminhados à PF.

Segundo o inspetor chefe da 7ª Delegacia da PRF de Pelotas, Mario Francisco Reis Zanini, neste momento não há bloqueios em rodovias da região. Até ontem, havia seis pontos interditados por manifestantes no sul do Estado.

— Por causa da violência, foram chamados 120 homens para ajudar a conter os manifestantes — afirmou.

Por volta das 21h de ontem, um caminhoneiro foi morto na BR-116, em Cristal, próximo ao local em que integrantes da categoria faziam protestos. O motorista, identificado como Renato Langer Kralnow, 44 anos, foi atingido por uma pedra.

Conforme a PRF, ele teria sido agredido ao tentar sair do posto de combustíveis no qual teria sido obrigado a parar. Com ferimentos no rosto, ele pediu auxílio à polícia e iria registrar ocorrência e buscar atendimento num hospital. Ele voltou à rodovia e passou a trafegar observado à distância por policiais rodoviários em uma viatura.

Sete quilômetros depois do posto, o caminhão saiu da pista. No parabrisa, havia um buraco, e o motorista estava desacordado, com um ferimento na garganta.

Dezenas de caminhoneiros também registraram ocorrência por terem seus veículos apedrejados durante o protesto.

A PRF informou nesta manhã que todos os pontos de bloqueio no Estado teriam sido liberados após o incidente.