A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 652 mortes no Paraná em 2016. O número é 11,8% maior que o do ano anterior, quando 583 pessoas morreram no estado.

Apesar da alta, o resultado ainda é 16,2% inferior ao de 2014, quando houve 778 mortes. Em 2015, a redução do total de óbitos em relação a 2014 havia sido de 24,8%.

Já o total de pessoas feridas em 2016 caiu 2,4%, de 10.022 para 9.783.

A PRF registrou 11.021 acidentes no ano passado, 2.355 deles considerados acidentes graves (quando há vítimas mortas ou com lesões graves). Em 2015, os policiais rodoviários federais atenderam 2.302 acidentes graves.

Como em junho de 2015 a PRF alterou sua metodologia de atendimento de acidentes sem vítimas, não é recomendável comparar o total geral de acidentes dos dois períodos.

De 2010 a 2014, o total de mortes registradas em rodovias federais do Paraná se manteve sempre acima do patamar de 700, com um pico de 855 em 2012 [confira os gráficos].

Entre as principais causas dos acidentes com mortes ocorridos em 2016 estão falta de atenção (30,8% dos óbitos registrados); velocidade incompatível (21,9%); ingestão de álcool (15,6%); desobediência à sinalização (10%); ultrapassagens indevidas (9,3%); e sono (6,7%).

As colisões frontais responderam por 29% das vítimas mortas no ano passado, seguidas pelos atropelamentos de pedestres (18,2%). Condutores ou passageiros de motocicletas foram 17,8% dos mortos; ciclistas, 4,1%.

A cada quatro mortes, três ocorreram em pista seca. Mais de 70%, em retas. Mais da metade foram registradas à noite (53,8%), em trechos de pista simples (61,7%) e em regiões rurais (68,9%).

Faixa etária mais atingida, jovens de 20 a 24 anos foram 14,2% dos mortos. Idosos acima de 60 anos, 12,3%. Os homens representaram 79,3% das vítimas que perderam a vida.

Ao longo de todo o ano de 2016, a PRF flagrou, apenas no Paraná, 3.567 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas; 22,8 mil manobras irregulares de ultrapassagem; e mais de 235 mil veículos acima da velocidade máxima permitida.

A PRF fiscaliza uma malha viária de aproximadamente quatro mil quilômetros no estado.

Fonte: Ascom