Desde a sexta-feira passada, o movimento na BR-116 na saída da Capital só vem crescendo. Com a interdição total das duas pistas da BR-376 por causa da queda de barreiras, a rota se tornou a única alternativa para quem também deseja chegar à costa catarinense. O resultado é que ontem o movimento chegou a ser três vezes maior na rodovia. O trajeto para quem deseja chegar até Joinville, por exemplo, aumenta em 100 quilômetros, mas o tempo de viagem chega a mais de seis horas. Pelo volume de veículos, a velocidade na saída e Curitiba era de menos de 20 km/h.


A BR-376 sai de Curitiba e cruza a Serra do Mar com sentido à divisa com Santa Catarina, na região de Garuva. Na rodovia, as chuvas do final de semana provocaram, até ontem, 15 pontos de deslizamentos entre os quilômetros 657 e 672, entre Tijucas do Sul e Guaratuba. Com isso, e pelo risco de novos deslizamentos, a rodovia foi totalmente interdidata nos dois sentidos. A BR-376 teve o tráfego liberado na noite de terça-feira. Mesmo assim, a liberação é feita aos poucos e parcialmente. São duas horas para cada sentido da rodovia.Mas segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o estado das pistas ainda são precárias, e merecem muito cuidado dos motoristas. Há lentidão no percurso por enquanto. O congestionamento é muito grande.


Como o fluxo na descida da serra pela BR-277 também estava controlada até ontem, a solução para quem tem que deslocar até as cidades do Litoral catarinense é pegar a BR-116 congestionada, cortar Mandirituba, seguir até Mafra e dali pegar a rodovia estadual para Joinville.

BR-277 — Ontem, caminhoneiros parados na BR-277 realizaram uma manifestação bloqueando a estrada na região da praça de pedágio, em São José dos Pinhais. Eles reclamavam da demora em se liberar a descida para Paranaguá. Só veículos leves ou de socorro com cargas estavam autorizados. A manifestação começou às 10h50 e só terminou por volta das 14 horas.

A Ecovia, concessionária responsável pelo trecho, informou que tráfego de caminhões estava liberado, mas seguia controlado devido às obras de reforço na estrutura da ponte do km 26, afetada pelas fortes chuvas que atingiram o litoral. A partir do início da tarde de hoje, os caminhões que voltaram a formar fila eram liberados gradativamente, de acordo com o andamento do fluxo, de forma a evitar a retenção de veículos nos trechos de Serra, zelando pela segurança de todos os usuários.

O tráfego seguiu lento ao longo de todo o dia nos dois sentidos da BR-277. A rodovia estava interditada desde sexta-feira, quando uma forte chuva alagou as pistas e provocou a queda de duas pontes e deslizamentos de terra. No sentido Curitiba, a pista cedeu no km 13. No sentido Paranaguá, houve queda de duas pontes, nos km 18 e 24, e comprometimento da cabeceira da ponte do km 26 (em ambos os sentidos).

Ponte — Para restabelecer a normalidade de tráfego entre a BR-277 e o município de Morretes, no Litoral do Estado, o 5º Batalhão de Engenharia do Exército começou, ontem, a instalação de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três, na PR-408, na região da Martha. No local havia uma ponte de cimento que não resistiu às intensas chuvas. Cerca de 60 oficiais trabalham na estrutura de 32 metros de comprimento. A montagem da nova ponte deve ser concluída até o final da tarde de hoje.