A BR-277, entre os municípios de Matelândia e Medianeira, no oeste do Paraná, ficará parcialmente interditada, até o fim da tarde deste domingo (23). A concessionária Ecocataratas, que administra a rodovia, realizou a explosão de um morro de pedra à margem da estrada e agora trabalha na limpeza do local. A detonação faz parte das obras de duplicação da BR, chegou a ficar completamente bloqueada por uma hora, no ínicio da amanhã.

Esta foi a quinta detonação e a maior. As pessoas que moram no raio de 500 metros da obra precisaram sair de suas casas. Foram utilizados seis mil quilos de explosivos para abrir 12 mil metros quadrados.

A previsão é que a obra, orçada em R$ 49 milhões, seja concluída em julho de 2013. Por enquanto, não foram mencionados possíveis aumentos na tarifa. Na praça de Céu Azul, que fica no trecho que está sendo duplicado, a taxa de pedágio é de R$ 7,9 para carros de passeio.

A duplicação da BR-277 é reivindicada há anos pelos paranaenses e também por empresários. Esta rodovia é de extrema importância para o estado, principalmente, para escoamento da produção agrícola.

Ao todo, são 731 quilômetros de extensão, entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, porém, apenas dois trechos são duplicados: de Paranaguá até a BR-376 em Ponta Grossa, e de Medianeira até Foz do Iguaçu, na região oeste. São 540 quilômetros de pista simples com pedágios e tráfego intenso. De acordo com dados da polícia, em média são registrados 50 acidentes por ano na rodovia.

De leste a oeste, a BR-277 tem dez pontos de cobrança de pedágio, administrados por quatro empresas concessionárias. O motorista que cruzar o estado pela rodovia gasta R$ 87 em pedágios, se estiver de carro. No caso dos caminhões, o valor aumenta. O proprietário de um caminhão de quatro eixos, por exemplo, gasta R$ 307 para ir de Foz do Iguaçu até o Porto de Paranaguá.