Os motoristas que utilizam a Rodovia João Leme dos Santos, a SP-264,que liga Sorocaba a Salto de Pirapora (SP), buscam caminhos alternativos para fugir das balanças e driblar a fiscalização. O procedimento adotado pelos caminhoneiros é considerado falta grave. A multa é de R$ 127 e cinco pontos na carteira de habilitação.

Com uma câmera escondida, o Tem Notícias acompanhou o caminho utilizado por muitos motoristas para fugir da balança, que está no km 111, sentido Sorocaba. As imagens mostram que um caminhão utiliza uma estrada de terra para desviar o caminho. A partir daí, segue por um bairro, atravessa uma pista de asfalto e continuam na pista de terra. Depois, passa por casas e condomínios. Cerca de dois quilômetros a frente, os motoristas passam pelos últimos buracos até chegar novamente à beira da rodovia. A cena se repete várias vezes ao longo do dia.

De acordo com os dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em média, 250 veículos são fiscalizados ao dia. A fiscalização é realizada entre segunda-feira e sexta-feira, em um período de seis horas.

Na balança, o motorista deve passar a uma velocidade de 5 km/h, para que a pesagem seja realizada. O excesso de peso é infração média, com multa a partir de R$ 85,13, valor que pode aumentar a cada 200 kg acima do permitido. O limite de peso varia de veículo para veículo.
A infração, de acordo com o DER não é de responsabilidade do motorista. A multa é para o transportador ou embarcador. Depois de multado, o veículo fica retido até que o excesso seja removido para outro caminhão.

Sobre a fiscalização, a Polícia Rodoviária informa que só pode fiscalizar a circulação dos caminhões pela rodovia. No bairro, a responsabilidade é da prefeitura.

A Urbes, empresa que administra o trânsito em Sorocaba, informou que o trecho percorrido pelos caminhões é uma estrada vicinal e, por isso, a responsabilidade de fiscalização é da Secretaria Estadual de Transportes. O município não possui balanças para fiscalizar o excesso de carga.

Já o DER informou que as estradas vicinais são administradas pelas prefeituras municipais, as responsáveis pela fiscalização e monitoramento dos trechos.