O trecho da BR-381 em Minas Gerais – entre a capital Belo Horizonte e João Monlevade – é conhecido como “Rodovia da Morte” devido aos milhares de acidentes registrados nas últimas décadas. Após muitos anos de promessas, o Governo Federal anunciou na última semana a duplicação da BR-381. As obras serão executadas no início de 2013 e estão orçadas em R$ 3,8 bilhões.

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara divulgou à imprensa muita satisfação pelo anúncio do governo, ainda mais porque um de seus líderes é da situação e do estado de Minas Gerais. Para o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), essa é uma demanda antiga da bancada mineira em relação às mortes recorrentes na rodovia. O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade, vinha cobrando maior celeridade nos trâmites para duplicação.

Os recursos para as obras têm origem no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As empresas vencedoras da licitação, dividida em seis lotes de obras, deverão ser conhecidas nos primeiros dias de dezembro. A BR-381 recebe cerca de 40 mil veículos por dia, chegando a 80 mil em trechos urbanos. No primeiro semestre de 2012, 72 pessoas morreram e 747 ficaram feridas na rodovia, num total de 1.236 acidentes registrados.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, garantiu que as “máquinas irão para as pistas no começo do ano”. Ele ainda informou que as obras começarão simultaneamente nos seis lotes e vão restringir a restrição da pista, causando alguns transtornos inevitáveis para a melhoria da rodovia no futuro.