A presidente Dilma disse, em entrevista, que “sairão todos os integrantes do Dnit e da Valec” e que as demissões ocorrerão “independentes” dos “endereços partidários” de cada um. Ou seja, não haverá proteção de algum diretor por causa de uma indicação política. Mas Dilma fez uma ressalva: “Não tem uma análise de valor sobre eles.” A informação é da Folha de São Paulo. Os nomes de novos diretores de órgãos públicos que dependem de aprovação do Senado serão enviados para o Congresso na primeira semana de agosto.

A declaração da presidente sepulta de vez qualquer expectativa do mato-grossense Luiz Antonio Pagot ainda permanecer na direção do Departamento Nacional de Infra-estrutura – DNIT-. Ele foi o único, desde quando surgiram as denúncias de superfaturamento em contratos de obras de ferrovias e rodovias e empreiteiras estariam, supostamente, pagando propina para integrantes do Ministério dos Transportes, a ir ao Senado e a Câmara dos Deputados prestar esclarecimentos e negou, com veemência, qualquer envolvimento nos casos denunciados. Pagot entrou em férias e sua estratégia em se defender das acusações e “blindar” o governo era permanecer no DNIT. Mas, a presidente não recuou de sua decisão. Ele deve pedir demissão até na terça-feira.

Foram, até agora, 5 diretores e assessores no DNIT, Valec e ministério que deixaram os cargos. Ainda de acordo com a Folha, Dilma disse ser errado usar a palavra “faxina” para descrever o que se passa no setor público de transportes. Afirmou que o ideal seria apenas “afastar para apurar” uma parte dos que estão sendo demitidos. Essa opção foi inviável pois não há a “figura jurídica do afastamento” para determinados cargos públicos.