Num país com tantos maus exemplos das autoridades, o Diretor da PRF, Renato Borges Dias, mostra como devem agir aqueles que representam o interesse público. Vejam a notícia da assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal:

O Diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Borges Dias, fez o exame toxicológico para renovar a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Atualmente, os policiais rodoviários federais que entram na corporação são obrigados a fazer o exame. O objetivo da instituição é evitar a admissão de usuários de drogas. E foi para servir como exemplo aos futuros policiais do órgão que o Dias se sujeitou ao exame. Na manhã de ontem (2) ele recebeu a sua nova CNH na categoria D.

Graças ao exame toxicológico de larga janela, obrigatório desde março de 2016, o Estado garantiu meios para que não renovasse a CNH de 1,2 milhão de condutores habilitados nas categorias C, D ou E. Diversos motoristas profissionais são potenciais usuários de drogas. E é por isso que tantos preferem ficar sem habilitação a se submeterem ao exame que detecta o uso de drogas nos últimos 90 dias. O uso de drogas que estimulam o sistema nervoso central elevam o nível de excitação e alerta, fazendo com que o motorista permaneça acordado por longas horas. Mas, ao cessar o seu efeito, os níveis de consciência do condutor são completamente comprometidos. Os reflexos são deteriorados, seguidos de agitação, agressividade e, muitas vezes, de sono incontrolável. E tudo isso é sinônimo de acidentes muito severos.

A implantação do exame toxicológico mudou o comportamento de boa parte dos motoristas das categorias que o mesmo abrange. Pelo menos, no momento da renovação da CNH. Dados nacionais indicam que 500 mil motoristas pediram mudança para categoria B. Isto é, para categoria inferior. Destes, preponderam os que não precisam da habilitação para categorias de veículos maiores, como ocorre com habilitados nas C, D e E. Mas há também os que mudaram de categoria para fugir do exame.

Renato Dias destacou a grande importância do exame para aqueles que escolheram a vida atrás de um volante como profissão. “O exame toxicológico de larga janela, no meu caso foi de 180 dias, para condutores habilitados em categorias C, D ou E traz indubitavelmente um maior controle, e consequentemente mais segurança no trânsito brasileiro, especialmente nas rodovias, onde transita uma grande quantidade de veículos pesados e ônibus. E como PRF, é o nosso dever dar um bom exemplo no cumprimento da lei”, afirmou o diretor-geral da PRF.

Fonte: Ascom/PRF