A Diretoria de Planejamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) apresentou esta semana, no auditório da Secretaria de Infraestrutura e Logística, em Curitiba, os mecanismos de gestão que o órgão utiliza em sua malha de 53 mil quilômetros de rodovias em todo o Brasil.

O secretário José Richa Filho fez a abertura do encontro – dirigido a engenheiros e técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – ressaltando a boa relação do órgão com o DNIT. “É uma parceria muito próxima e fundamental para a troca de experiências e análise de ferramentas de gestão que se tornam importantes para enfrentar catástrofes como esta que ocorreu no Litoral do Estado”, disse o secretário.

José Richa Filho aproveitou a ocasião para transmitir os agradecimentos do governador Beto Richa a todos os servidores do DER e da secretaria que participam do esforço de governo para atender da melhor forma possível as vítimas das chuvas. O secretário destacou ainda que o trabalho do DER está sendo muito importante para todas as áreas de governo envolvidas no auxílio às populações atingidas. “O restabelecimento dos acessos foi fundamental para evitar muitas mortes, porque, afinal, alimentos, água, médicos e remédios chegam aos locais atingidos pelos acessos rodoviários”, disse.

GESTÃO DA MALHA – Durante a palestra “Mecanismos de gestão para a malha rodoviária”, o coordenador de Planejamento (Coplan) do DNIT, Olímpio Luiz Morais, explicou que o órgão se apoia em várias ferramentas para fazer o levantamento dos problemas dos 53 mil quilômetros de malha rodoviária administrados pelo departamento em todo o Brasil.

Um dos mecanismos é o levantamento das rodovias por vídeo-registro. “É feito um levantamento visual da malha. As imagens são filmadas continuamente, com a ajuda de um veículo, evitando muitas viagens a campo e servindo ainda para que os técnicos chequem demandas por sinalização, quebra-molas e restaurações de rodovias”, explicou Morais.

O coordenador da Coplan, que veio ao Paraná fiscalizar obras, disse que é importante a transferência de tecnologias como a de vídeo-registro, atualmente em uso somente pelo DNIT, para DERs estaduais e órgãos de operação do trânsito em todo o país. Segundo ele, são bons auxiliares na elaboração do planejamento e na priorização de recursos rodoviários.

GRAU DE SATISFAÇÃO – Além do levantamento visual, o DNIT aproveita processos de gestão como o IRI (Internacional Roughness Index), usado para apurar o grau de satisfação do usuário de rodovias, assim como emprega caminhões dotados de equipamentos especiais para avaliar a estrutura de deflexão (afundamento e ondulações) das estradas. O órgão aplica, ainda, tabelas de VMD (Volume Médio Diário) para medir o fluxo de veículos pelas vias de transporte rodoviário.

De posse de informações sobre as condições de trânsito, estrutura das estradas, e satisfação do usuário é possível estabelecer classificações “e definir as condições das rodovias, montando um catálogo de soluções que apontam necessidades que vão desde a sinalização, recuperação de pontes e construção de terceiras pistas à duplicação de rodovias”, conclui Morais.