Com o fim das concessões privadas nos polos de pedágio de Caxias do Sul e Lajeado, cerca de 490 quilômetros de estradas não terão a manutenção dos serviços de guincho e ambulância.

A Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre no Rio Grande do Sul (Dnit-RS) informou que, “por enquanto”, não há previsão de contratação dos serviços de guincho e ambulância em 92 quilômetros da BR-116, do extinto polo de Caxias, e em 130 quilômetros da BR-386, em Lajeado. Somando as estradas federais, que estão retornando para a administração do governo federal, serão 222 quilômetros sem a prestação do serviço.

Quatro trechos estaduais na ERS-122, RST-453, ERS-130 e ERS-129, com extensão total de 214 quilômetros, passarão a ficar sob o comando da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) a partir de quarta-feira, com tarifa de pedágio de R$ 5,20 — redução de 26% — para veículos de passeio. Inicialmente, não haverá continuidade dos serviços de guincho e ambulância, mas o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, assegura que a intenção é garantir a manutenção das ações de socorro.

No caso do guincho, Bertotto explica que a EGR está costurando um acordo com o Detran, que irá intermediar o resgate apenas de veículos acidentados. As panes mecânicas não serão atendidas. Neste caso, os veículos terão de aguardar no acostamento. Em relação às ambulâncias, as negociações são mais iniciais e ainda dependem de análises de mercado. No entanto, Bertotto destaca que o serviço deverá ser retomado em breve.

Dentre os pontos positivos do fim das concessões em Caxias e Lajeado, está a possiblidade de redução dos fretes. Além da extinção nas cobranças na BR-386 e BR-116, haverá redução de até 30% nas tarifas para caminhões cobradas pela EGR em rodovias estaduais. Por conta disso, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs) avalia que o valor dos fretes poderá ter redução de 3% a 5%, dependendo das rotas.

A entidade explica que o documento fiscal utilizado pelas empresas para fazer a cobrança pelo transporte de cargas traz o valor do serviço somado ao custo dos pedágios, que fica destacado em um campo especial. É neste ponto que haverá redução de custos.