O futuro superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mato Grosso do Sul terá este ano mais de R$ 500 milhões para investimentos em rodovias. O dinheiro se refere às emendas dos parlamentares do Estado para o setor. Os recursos serão destinados na execução de adequações, manutenção, construção e conclusão de rodovias federais sul-mato-grossenses.

O maior volume de recursos será destinado à BR-163, rodovia que corta Mato Grosso do Sul de norte a sul, desde a divisa com o Paraná, até os limites com o Mato Grosso. A partir de emenda do deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT), a 163 deve receber reparos e manutenções orçadas em R$ 354 milhões.

Para adequação da pista, que consiste na duplicação da rodovia, emenda do deputado Geraldo Resende e do senador Waldemir Moka, ambos do PMDB, destinou outros R$ 72,2 milhões. A licitação da obra ficará a cargo do governo do Estado.

O menor montante de investimentos por emendas ficou para a conclusão da BR-359, que liga os municípios de Coxim e Alcinópolis, no norte do Estado, à divisa com Goiás. A obra está incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e agora depende apenas da conclusão. Uma emenda do senador Waldemir Moka (PMDB) e do deputado federal Edson Giroto (PMDB) destinou R$ 12 milhões para a finalização da implantação de asfalto na vida.

Segundo o governador André Puccinelli (PMDB) falta apenas 10 quilômetros para a conclusão da pavimentação asfáltica na BR-359. Antes das festas natalinas, o governador esteve com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, para tratar da liberação do dinheiro referente à emenda de Moka e Giroto.

O novo superintendente regional do Dnit terá ainda R$ 82,240 milhões para a pavimentação da BR-419, entre os municípios de Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana. As verbas são das emendas de Giroto e Marçal Filho (PMDB). A licitação da obra será, também, da responsabilidade do Governo do Estado. O Dnit, no entanto, vai executá-la.

Vaga aberta

A Superintendência do Dnit no Estado está sem chefia desde a demissão do ex-governador Marcelo Miranda (PR) no dia 2 deste mês. Ele era superintendente do Dnit em Mato Grosso do Sul desde 2002. Segundo a publicação do Diário Oficial que desligou Miranda do departamento, ele teria sido omisso com casos de corrupção em Dourados. Além dele, também foram demitidos o superintendente-adjunto, Guilherme Alcântara de Carvalho e Carlos Roberto Milhorim, engenheiro-chefe do Dnit em Dourados.

Apenas o substituto de Guilherme foi nomeado pelo ministro Paulo Passos. É o engenheiro Antonio Carlos Nogueira.