O Ministério dos Transportes informou que o DNIT não vai desligar os radares nas rodovias federais concedidas, apenas transferir para as concessionárias, contradizendo o que o DNIT havia informado para a imprensa na semana passada. Segundo a primeira informação,  o  dinheiro acabou no DNIT e agora as rodovias federais concedidas vão ficar sem radar operando, a partir da próxima semana, a não ser que as concessionárias entrem em acordo com as empresas que mantém os equipamentos funcionando.

Ao todo, 660 equipamentos serão desligados, caso as concessionárias não assumam este curso. A ordem para a retirada dos aparelhos que fazem o controle de velocidade nas estradas foi dada no mês passado .

Atualmente existem 6.909 equipamentos deste tipo em todo país, considerando rodovias concedidas ou não. Os contratos com as empresas que mantém os radades em operação vai até o fim do ano mas os valores devidos não cabiam no orçamento. As concessionárias já sabiam da intenção do órgão de passar para elas a responsabilidade dos radares nos trechos que administram mas a expectativa é de que isso iria ocorrer em janeiro de 2017.

O DNIT resolveu antecipar o corte para poder manter em operação os demais radares, com isso vão permanecer em operação 6.249 radares. Na avaliação do Coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, a medida vai contribuir para o aumento significativo dos acidentes, caso as concessionárias não assumam essa responsabilidade. ” Do ponto de vista da segurança é uma péssima notícia, entretanto, não há justificativa para que o Governo pague pelos equipamentos, tem que fazer parte do custo das concessionárias. Apesar de não arrecadarem com as multas elas são beneficiadas com a redução dos acidentes que geram, além do drama humano, custo no atendimento dos mesmos e danos materiais consequentes. Reduzir acidente é um bom negócio inclusive para as concessionárias.”