Empresas e consórcios que já assinaram contratos elaboram estudos técnicos para iniciar o controle eletrônico de velocidade. Programa prevê a instalação de 1.130 barreiras eletrônicas.

Para reduzir os acidentes de trânsito em áreas urbanas e rurais o DNIT já executa o PNCV – Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade. Com ele, a partir do próximo mês, serão instalados nas rodovias federais de 2.696 equipamentos, que vão monitorar 5.392 faixas pelo prazo de cinco anos. Durante este período, o governo federal investirá R$ 773,3 milhões no programa, com recursos previstos no PAC.


A licitação do PNCV durou cerca de um ano e foi concluída em dezembro. Dos doze contratos previstos onze estão assinados. As empresas e consórcios, em posse da ordem de serviço, elaboram os estudos técnicos, de acordo com Resolução do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN (146/2003, alterada pela 214/2006).


Os estudos, além de atenderem dispositivos legais, indicam a localização exata e melhor aproveitamento dos equipamentos baseados nos dados de acidentes, segmentos críticos existentes e nos registros do tráfego local. A previsão do DNIT é que, a partir do próximo mês, boa parte dos equipamentos esteja funcionando. Segundo os contratos, o prazo máximo para a operação de todos os controladores é de 24 meses.

O controle de velocidade é mais uma iniciativa do DNIT para aumentar a segurança dos usuários das rodovias federais. Em todo o mundo, diversos estudos comprovam as vantagens da redução de velocidade para um trânsito mais seguro. De acordo com dados da Conferência Global sobre o Uso da Tecnologia para Aumentar a Segurança nas Rodovias, realizada em Moscou em 2009, reduzir a velocidade em 1% leva a uma diminuição de 2% no número de feridos leves, 3% menos feridos graves e 4% menos mortos.

Análise dos 321 pontos, onde funcionaram lombadas eletrônicas, entre 2002 e 2007, comprovaram que a redução do número de acidentes chegou a 69%. Para decidir sobre a localização de cada tipo de equipamento do PNCV, o DNIT se baseou em estudos técnicos anuais dos pontos críticos das rodovias federais, elaborados pela autarquia a partir de dados de ocorrência de acidentes levantados pela Polícia Rodoviária Federal em todos os estados.

Tipos de equipamentos – Nas áreas urbanas das rodovias serão 1.130 barreiras eletrônicas (ou lombadas eletrônicas), que fazem o controle ostensivo da velocidade e 466 equipamentos para fiscalizar o avanço de sinal vermelho e a parada sobre faixa de pedestres. Nos trechos rurais serão 1.100 radares fixos discretos. Este último tipo de máquina é inédito em rodovias federais brasileiras e tem a função de manter a velocidade dos veículos dentro do limite permitido na via. Já as lombadas eletrônicas (Redutores Eletrônicos de Velocidade) são dispositivos que auxiliam o monitoramento das rodovias, nos pontos onde existe conflito do tráfego de longa distância com fluxo das áreas urbanas.