A previsão orçamentária, em 2012, para a duplicação da BR-101 em Pernambuco, Alagoas e Sergipe é de R$ 687 milhões. Esses três estados concentram os canteiros de obras do trecho nordestino da rodovia federal, que teve a primeira etapa de publicação iniciada em novembro de 2005. A partir da inclusão da obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, o andamento das obras foi acelerado.

No Rio Grande do Norte e Paraíba, a fase atual é de finalização de projetos remanescentes de modernização da rodovia, o que inclui a implantação de vias marginais e acessos, já com quase a totalidade das obras de adequação de capacidade concluída. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, órgão executor do Ministério dos Transportes, trabalha nos desembaraços de projetos para ampliar o número de canteiros de obras.

As obras de duplicação da BR-101, em território nordestino, têm frentes de obras em diferentes estágios. Na fase inicial, o empreendimento reuniu trechos no Rio Grande do Norte, na Paraíba e em Pernambuco, com exceção de um trecho de 22 quilômetros que contorna Recife (PE), já concluído. O total de quilometragem contratada é de 342,5 quilômetros de extensão, com três lotes de obras iniciados em 2005 e outros cinco em 2006.

Os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e do Planejamento, Miriam Belchior fizeram vistorias nas obras do PAC 2 em rodovias no Nordeste, nos estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe na última sexta-feira (9). O primeiro segmento com obras de duplicação da BR-101 Nordeste foi concluído nesse dia, com ações de modernização da rodovia, realizadas pelo DNIT. Os ministros percorreram trechos em construção, mobilizando canteiros de obras e cobrando agilidade dos consórcios contratados sobre segmentos com entraves burocráticos.

Ainda em 2012, a construção das vias marginais nos trechos do Rio Grande do Norte serão iniciadas. Na Paraíba, ainda neste ano, o Batalhão de Engenharia e Construção do Exército (BEC) termina a restauração do trecho entre Lucena e a divisa com Pernambuco. O Batalhão também finalizará as obras da nova pista e a restauração da estrada existente, no trecho entre a divisa com a Paraíba e Igarassu. Em Recife, o DNIT conclui os projetos para o início das obras em 41 quilômetros do Contorno de Recife.

A garantia de mais vida útil para a pista de duplicação é assegurada pela construção em pavimento rígido (concreto), tecnologia que será empregada em grande parte do segmento das obras no Nordeste. A restauração da pista, construção e alargamento de pontes em todo o percurso integram o projeto de adequação de capacidade da rodovia. Também estão previstos acessos mais seguros, viadutos nos principais cruzamentos com outras rodovias, além de vias marginais, nos perímetros urbanos.

Investimentos e obras no trecho nordestino da BR-101
Sergipe/Pernambuco – O DNIT contratou as obras para duplicação do trecho entre Palmares (PE) e Estância (SE). Em Pernambuco, a duplicação de 25 quilômetros, entre Palmares e a divisa com Alagoas, recebeu investimento de R$ 147 milhões. Junto ao contorno de Recife, está em andamento a duplicação de trecho de 42 quilômetros da BR-408, que dará acesso à Arena da Copa. Nessa via, 16,5 quilômetros já foram concluídos.

Alagoas – Neste estado, os investimentos do governo federal somam R$ 1,7 bilhão para duplicar os 248,5 quilômetros de extensão da BR-101, numa obra dividida em seis lotes. Nos trechos em que a BR-101 atravessa áreas urbanas, o projeto de duplicação inclui a construção de vias marginais (como em Teotônio Vilela) e de contornos (como em Novo Lino e Messias).

Sergipe – O investimento em Sergipe será em torno de R$ 1 bilhão. Ao final das obras, o território sergipano terá 59% de sua malha rodoviária federal duplicada, com a adequação de capacidade da BR-101. O Estado possui 320 quilômetros de vias federais, sendo 204,3 quilômetros na BR-101 – dos quais, 14 km compõem o Contorno de Aracaju, e que se encontram em fase final de obras, mais 114 quilômetros da BR-235. A execução das obras neste trecho tem a participação do Exército (4º BEC), consórcios e do Governo de Sergipe, que é responsável pelo trecho entre Estância e a divisa com a Bahia, por meio de convênio com o DNIT.