As obras de duplicação da BR-392, rodovia que liga os municípios do Rio Grande e de Pelotas, em execução em dois lotes, estão em ritmo forte e têm avanços visíveis.

No lote 2 (do km 60,7, na ponte sobre o Canal São Gonçalo, até o km 35,8, no Banhado 25), que tem 16 quilômetros trabalhados, uma parte já está recebendo asfalto. No lote 3 (do km 35,8 até o km 8,7, próximo ao Superporto do Rio Grande), onde 20 quilômetros já receberam terraplenagem, teve início a colocação de sub-base de concreto compactado a rolo (CCR). Além disso, obras de arte estão em execução.

O asfaltamento ocorre em quatro quilômetros do lote 2, entre a Balança e a Praça de Pedágio. Conforme o engenheiro Edmar Gonçalves, supervisor da Unidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Pelotas, esse espaço está recebendo a segunda camada de asfalto. Ao todo serão três camadas, mas a terceira será feita somente quando as obras estiverem perto de ser inauguradas. Assim que for concluída a segunda camada nesta área, o asfaltamento seguirá da Praça de Pedágio até o quilômetro 55, trecho que já tem base imprimada.

Entre os quilômetros 55 e 60, é preciso esperar, por 18 meses, o adensamento dos solos moles, para fazer a remoção da sobrecarga (camada de peso) e depois a pavimentação. Do quilômetro 46 ao 42,5 desse lote, as obras não estão ocorrendo devido a uma questão ambiental que está sendo discutida em Brasília, junto com o Ibama e a Coordenadoria Geral de Meio Ambiente do Dnit. Ainda no mesmo lote, é feita terraplenagem na área da localidade de Povo Novo e na altura de Domingos Petroline.

A sub-base de CCR é aplicada em quatro quilômetros do lote 3, próximo à Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg). Neste lote, o pavimento será de concreto e a sub-base de CCR é um suporte no qual serão assentadas, posteriormente, placas de concreto. Edmar Gonçalves informou que as placas começarão a ser produzidas em março. A máquina que fará este serviço já está na rodovia. Nos sete quilômetros deste lote ainda não trabalhados, questões ambientais impedem a realização do serviço e o Dnit está buscando a resolução delas.

Ponte e viadutos

Nas obras de arte também há avanços. A construção da ponte sobre o Arroio Bolaxa está em plena execução: as vigas de concreto já foram instaladas e, sobre elas, teve início a confecção da laje. Na passagem de nível existente no quilômetro 32, próximo ao Aterro Sanitário do Rio Grande, estão sendo feitas as fundações para um dos dois viadutos a serem construídos no local. “A duplicação da rodovia vai acabar com os acidentes neste ponto”, salientou o supervisor do Dnit. Já no quilômetro 59, próximo a ponte do São Gonçalo, está em andamento a construção do viaduto da linha férrea.

A conclusão desses dois lotes, que somam 52 quilômetros, é prevista para junho de 2012. Para a duplicação, a rodovia foi dividida em quatro lotes. O 1, que compreende o contorno de Pelotas – desde a ponte do Retiro, na BR-116, até a ponte sobre o Canal São Gonçalo, na BR-392, atingindo um espaço de 24 quilômetros, está em processo de licitação. O lote 4, da avenida Maximiano da Fonseca ao km zero da BR-392, na avenida Honório Bicalho, abrangendo 8,8 quilômetros, está em fase final de projeto.