Até dezembro, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) irá promover uma audiência pública em Santa Cruz do Sul para aproximar o Vale do Rio Pardo da autarquia que será responsável pela gestão das estradas estaduais a partir do primeiro semestre de 2013. Embora a pauta da discussão ainda não esteja fechada, o futuro presidente da empresa Luiz Carlos Bertotto adianta que o encontro vai discutir, entre outros pontos, a aplicação dos recursos arrecadados nas praças comunitárias e a manutenção dos serviços de ambulância e guincho.

Em todo o Estado serão realizadas sete audiências públicas. O envolvimento das comunidades que vivem nos entornos dos polos de pedágio ao debate foi acertado na quarta-feira durante encontro de Bertotto com o secretário do Conselhão, Marcelo Danéris.

Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã de ontem, Bertotto afirmou que a ideia inicial é manter os serviços de ambulância e guincho. No entanto, a permanência dependerá de como o custo da atividade vai influenciar no valor das novas tarifas. “Temos um compromisso de reduzir o valor das taxas de maneira substancial. Para isso é preciso discutir o custo desse serviço, ver se vale a pena.” Para manter os primeiros socorros, o governo avalia ainda a possibilidade de fazer convênios através do SUS com as prefeituras das regiões próximas aos terminais.

O valor das tarifas também deve entrar em debate na audiência. Bertotto mantém a promessa do governo de redução em ao menos 30%. Garante que o valor arrecadado deve ser investido na região de cada uma das praças, diferente do modelo de pedágio comunitário adotado atualmente no município de Portão, onde os recursos são direcionados ao caixa único do Estado. “O dinheiro ficará na EGR e será utilizado nas estradas pedagiadas.”

Com o objetivo de constituir uma equipe enxuta, Bertotto pretende incluir mais tecnologia nas praças. Além de diminuir o número de contratações, a ideia é reduzir a circulação de dinheiro vivo – através da utilização de cartão de crédito para efetuar o pagamento das taxas –, aumentando a segurança dos terminais. “Queremos ter o máximo de controle por meio eletrônico, pois evita assaltos e diminui os custos”, enfatiza.