A crise política e os escândalos de corrupção deram uma trégua à cúpula do Ministério dos Transportes, mas deixaram como herança nada menos que 30 mil km sem contratos para manutenção e recuperação. A situação crítica que envolve 55% da malha rodoviária administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) teve origem no próprio órgão.

Em 2008, a autarquia, de uma só vez, fez um edital para contratação de projetos básicos para todas as estradas a serem recuperadas. O objetivo era contratar os estudos que iriam balizar os editais das obras, com um prazo de conclusão exíguo: seis meses. Até hoje, quase nada saiu do papel.

O pouco que avançou acabou retido pelas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), que se deparou com projetos cheios de falhas e vícios que, quase sempre favoreciam o superfaturamento. “O que eu encontrei aqui foram 30 mil km de confusão”, diz o diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, que assumiu o comando do órgão em setembro de 2011. “São contratos vencidos, outros barrados pelo Tribunal de Contas, outros abandonados. Não escapou um sequer”.

Para destravar os projetos e licitar as obras, o Dnit está chamando as 50 empresas projetistas para rever seus contratos. Veja a matéria na íntegra no www.valor.com.br .