No segundo trimestre, a concessionária de rodovias CCR teve lucro líquido de R$ 162,9 milhões, queda de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciado pelo maior estoque da dívida em função da aquisição da concessionária SPVias, além de um efeito não-recorrente do aumento de despesa com juros sobre empréstimos e financiamentos de R$ 110,9 milhões.

A geração de caixa medida pelo Ebitda totalizou R$ 661 milhões, crescimento de 20,9% na comparação anual. A margem Ebitda da CCR, por sua vez, cresceu de 60,8% para 61,2%. A receita líquida da companhia – que inclui as empresas Controlar, ViaQuatro e SPVias, incorporadas recentemente ou em fase de implantação – cresceu 20,1% ano a ano, para R$ 1,1 bilhão.

O tráfego de veículos nas rodovias sob concessão da companhia mostrou desaceleração desde o final de 2010, e com a expectativa de uma nova crise mundial a tendência é de que a principal variável do negócio da companhia continue sendo motivo de preocupação.

A redução da atividade econômica, o aumento dos juros, a desvalorização do dólar ante o real e o aumento do endividamento das famílias ajudam a explicar a desaceleração, segundo o diretor de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto Filho.