O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, quer a ajuda do governo federal para melhorar as condições de algumas rodovias do estado e do Aeroporto de Florianópolis. Quer também a colaboração da presidenta Dilma Rousseff, com quem se reuniu hoje (21), para conseguir recursos destinados à construção de um novo presídio que deverá desafogar a unidade em operação no centro da capital.

“Vim aqui [ao Palácio do Planalto] apenas para apresentar algumas reivindicações administrativas”, informou o governador Colombo após reunir-se com a presidenta Dilma. Entre os pleitos apresentados a ela, Colombo destacou a duplicação de cerca de 100 quilômetros de um trecho da BR-470 e a construção de túneis e pontes em alguns pontos da BR-101.

“Temos uma economia muito voltada para exportação, a partir dessas rodovias”, justificou Colombo. Segundo ele, o projeto de duplicação da BR-470 já foi concluído e, em breve, será feita a licitação da obra. “Identificamos também alguns problemas relativos à etapa de contratação de três obras da BR-101, destinadas a construir túneis e pontes. Para isso, algumas questões ambientais ainda precisam ser vencidas”, acrescentou.

De acordo com o governador, um financiamento de R$ 250 milhões já aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também ajudará na recuperação e construção de rodovias no estado. Outros assuntos debatidos com a presidenta foram as obras previstas para o Aeroporto de Florianópolis, com licitação prevista para daqui a 60 dias, e a construção de uma nova penitenciária, também na capital.

“Essa nova penitenciária será construída para aliviarmos a atual, localizada no centro da cidade”, adiantou o governador. Ele sugeriu a Dilma que metade dos custos da obra fique a cargo do governo local e a outra metade seja assumida pelo governo federal.

A dívida do estado também pautou a conversa entre o governador e a presidenta. “Precisamos avançar nessa questão. O serviço das dividas dos estados está com uma taxa de juros irreal. Está muito alta, tem debilitado nossa capacidade de investimentos e fragilizado nossa infraestrutura. Enfim, é ruim para todos”, disse ele, pouco antes de ressaltar que vê, no governo federal, “uma abertura para negociar o tema”.