O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, discutiram detalhes relativos à atualização do convênio entre o Estado e a União para a construção do Rodoanel Mário Covas. O documento foi firmado em abril de 1999 e já passou por diversas revisões desde então. O governo federal vai repassar verba a São Paulo que vai financiar a construção do trecho Norte.

“Com a asa norte, nós fecharemos o Rodoanel Metropolitano. Iremos interligar o maior aeroporto do país, que é Cumbica, e o maior porto, que fica em Santos”, destacou o governador.

O Rodoanel é uma via expressa que vai captar o tráfego de passagem pela Região Metropolitana de São Paulo, hierarquizar e estruturar o transporte de passageiros e cargas e aliviar a malha viária urbana e ligações metropolitanas.

O ministro Nascimento e o secretário estadual de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, sobrevoaram todos os 170 quilômetros de extensão dos trechos Oeste, Sul, Leste e Norte que formam o Rodoanel. Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Dersa, que vai gerenciar o empreendimento, mantiveram encontro onde foram discutidos detalhes do projeto de construção do novo ramal e plano de trabalho da obra.

O Trecho Norte terá 44 quilômetros de extensão e é o último a ser construído. Vai ligar o final do Trecho Leste, na intersecção com a Rodovia Presidente Dutra (em Arujá) à Avenida Raimundo Pereira de Magalhães (início do Trecho Oeste). Esse novo ramal prevê interligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, com a Rodovia Fernão Dias e o acesso à Avenida Inajar de Souza, na zona norte da capital.

A previsão da Dersa é que até o final de maio seja concedida a licença ambiental prévia, que definirá o traçado e vai possibilitar o lançamento do edital de concorrência da obra. O empreendimento todo está orçado em R$ 5,8 bilhões, incluindo a construção das pistas, compensações ambientais, desapropriações e reassentamentos. A previsão é iniciar a construção da via em novembro, com término em 2014.

O empreendimento será custeado por verba do Tesouro do Estado de São Paulo, do governo federal (São Paulo busca R$ 1,9 bilhão) e financiamento de R$ 2 bilhões do Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).