Com um embate judicial com as concessionárias de rodovias no horizonte, o Piratini prepara o terreno para o fim dos contratos de pedágio em 2013. Em conjunto com a União, o Estado definirá o novo modelo de concessão.

O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, garantiu ontem, terça-feira, em Brasília o aval do governo federal para não prorrogar as atuais concessões e ainda definiu a formação de um grupo para investigar os investimentos efetuados pelas empresas nos 1,6 mil quilômetros de estradas.

A medida tem por objetivo fornecer ao Estado estudo detalhado para questionar o passivo alegado pelas concessionárias. Nos últimos anos, diferentes estimativas foram feitas sobre a suposta dívida. A Agergs chegou a R$ 270 milhões. A Fundação Getulio Vargas a R$ 427 milhões e as concessionárias falam em R$ 460 milhões.

O governo anterior chegou a admitir a existência de um passivo e propôs, em troca de novos investimentos e da correção desse suposto desequilíbrio, a prorrogação das concessões por mais 15 anos.

Na entrevista na qual anunciou na terça-feira a extinção da praça de Farroupilha a partir de 2013, o secretário de Infraestrutura, Beto Albuquerque, chamou essas cifras de “passivo irreal e totalmente abstrato”.