O Plano Diretor, que prevê a criação de 800 mil empregos no entorno do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, aborda as potencialidades socioeconômicas da rodovia que está sendo construída pelos governos federal e estadual. Ela terá 140 quilômetros e ligará Itaboraí ao Porto de Itaguaí, cortando outras seis cidades da região: Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica.

O governo do estado aposta na rodovia — projetada desde 1968 —, como um catalisador de oportunidades de negócios para os próximos 20 anos. Um dos motivos é que boa parte da estrada cortará localidades desabitadas.

O Plano Diretor foi financiado pelo BID e custou US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 2 milhões). Segundo o subsecretário de Urbanismo da Secretaria de Obras, Vicente Loureiro, o Arco é a oportunidade de se remodelar a Região Metropolitana. E de melhorar a mobilidade dos que moram em seu entorno e trabalham na capital.

O subsecretário diz que isso acontecerá porque, ao distribuir melhor as oportunidades, o projeto do Arco equilibra a movimentação das pessoas. “E dará mais sustentabilidade ao crescimento urbano”, argumenta ele.

Segundo o projeto, a rodovia, ao contornar a Baixada, evitará que milhares de carros e, principalmente, de caminhões de carga passe pelos principais eixos viários do Rio de Janeiro, como Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói.

Em contrapartida, segundo Vicente Loureiro, ainda possibilita o crescimento econômico de cidades hoje quase apenas dormitórios. A expectativa é a geração de várias atividades econômicas às margens da rodovia.