Depois de um segmento monitorado por três radares de velocidade, de uma sequência de curvas fechadas em declive forte que passa até por pontes, condutores de carros, motos e veículos de carga aproveitam para pisar fundo. A placa de sinalização é uma das mais restritivas da Rodovia da Morte, a BR-381 (BH-João Monlevade), alertando que a velocidade máxima permitida não pode passar de 60 km/h. O aviso não é suficiente para impedir que condutores tentem tirar no acelerador o tempo perdido com os radares e veículos lentos que os retiveram no caminho. Um Toyota Corolla vai ultrapassando pela direita uma fileira de caminhões e desponta na frente deles a 106 km/h, velocidade 77% acima da permitida para o local. No mesmo trecho do km 427, perto da ponte sobre o Rio do Peixe, em Caeté, até caminhões sem carga aproveitam para acelerar acima de 95 km/h.

Fora dos trechos monitorados pelos 18 radares implantados na BR-381, entre João Monlevade e Belo Horizonte, os abusos cometidos por motoristas continuam a representar perigo. As curvas fechadas e de descidas arriscadas sem qualquer equipamento de segurança explica, em parte, segundo especialistas em transporte e trânsito, porque as estradas federais mineiras tiveram redução de apenas 2,4% o número de feridos em acidentes e 5,2% os mortos, um ano depois que os primeiros radares foram instalados no trecho. Veja mais informações na matéria do Estado de Minas .