O tráfego de veículos nas rodovias sob concessão da CCR mostra desaceleração desde o final de 2010, e com a expectativa de uma nova crise mundial a tendência é de que a principal variável do negócio da companhia continue sendo motivo de preocupação.

A redução da atividade econômica, o aumento dos juros, a desvalorização do dólar ante o real e o aumento do endividamento das famílias ajudam a explicar a desaceleração, segundo o diretor de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto Filho.

“A tendência é continuar registrando desaceleração no crescimento do tráfego. Quem é que pode falar o contrário diante dessa situação internacional?”, disse Piotto à Reuters.

No segundo trimestre, o tráfego consolidado nas rodovias sob concessão da CCR cresceu 12,3 por cento no segundo trimestre. Em bases comparáveis, entretanto, o crescimento foi de apenas 5,9 por cento, porque em outubro do ano passado a companhia adquiriu a SPVias, concessionária do interior paulista.

Piotto explica que o pior ano para a CCR em termos de tráfego foi 2009, quanto houve queda em bases comparáveis de 0,2 por cento.

“Não sabemos se a situação de hoje é pior ou mais tênue que em 2008”, disse o diretor, que afirma, contudo, acreditar que as duas situações tenham a mesma gravidade. “É o tipo de coisa que temos que olhar de perto e com muita frequência.”