Em quatro dias, o Movimento Popular pelo Fim do Pedágio no Paraná conseguiu quase dois mil nomes em um abaixo-assinado. Com uma réplica de uma cancela, o grupo estará periodicamente no Calçadão durante o dia e à noite no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (Cesa) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para colher assinaturas.

Movimento quer discutir o alto preço do pedágio
O advogado e integrante do movimento, Jorge Custódio, informou que foram obtidas 1.957 assinaturas presenciais, 507 delas através do contato com caminhoneiros, e outras 45 pela internet. Uma petição online foi montada para que mais pessoas possam aderir à iniciativa.

Na noite da segunda-feira (11), o Pelo Fim do Pedágio no Paraná agendou a realização de uma audiência pública no mês de abril, na Câmara Municipal de Londrina. A intenção é trazer o juiz José Antônio Savaris, especialista sobre pedágio e com conhecimento sobre os contratos do Paraná.

Alguns integrantes estiveram em Curitiba nesta sexta-feira (15) para se reunir com a coordenação do Fórum Nacional Contra o Pedágio. A intenção é obter mais apoio ao movimento que teve início em Londrina.

O grupo questiona os lucros das empresas e afirma que elas não cumpriram todas as obras explicitadas nos contratos. Jorge Custódio, lembra que em 2012 as empresas arrecadaram R$ 1,960 bilhão, com lucro líquido de R$ 1,640 bilhão.

O movimento argumenta que o lucro está na casa dos 350%, número bem acima do acordado durante a implantação do pedágio no Paraná, em 1996, durante a gestão de Jaime Lerner. O vínculo prevê margem de lucro de 18%, mas no ano passado a média estava em 83,7%.