O fluxo de veículos na altura do km 25 da BR-060, próximo a Alexânia, foi liberado pelo superintendente do DNIT em Goiás, Alfredo Soubihe Neto, com a presença do coordenador geral de Manutenção e Restauração, Alex Peres Mendes Ferreira.

O tráfego no local operava por meio de desvios desde 28 de dezembro do ano passado. Naquela ocasião, devido às fortes chuvas, a rodovia sofreu uma erosão, que causou o rompimento de mais de 200 metros da pista no sentido DF-GO. Decretada a emergência, as obras iniciaram em janeiro, com conclusão prevista em 180 dias. Primeiro, foi realizada a drenagem do maciço, por meio de quatro tipos de drenos diferentes, longitudinais e transversais. Em seguida, foram executadas a complementação do aterro, a camada de rolamento, a pavimentação e a sinalização adequada do trecho.

A normalização do fluxo na rodovia que liga Brasília a Goiânia, um mês antes do prazo contratual, foi garantida pelo Governo Federal que investiu R$ 10 milhões na obra de recuperação. A recuperação foi uma obra complexa e minuciosa, que foi executada em tempo recorde mesmo com as dificuldades enfrentadas. Segundo o Diretor Geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, o trecho ficou absolutamente seguro e a recuperação tem cinco anos de garantia junto à empresa contratada. “Mas é uma obra feita para durar no mínimo 10 anos sem restauração”.

O Superintendente Alfredo Soubihe Neto destacou o empenho da autarquia para liberar o tráfego na rodovia, que segundo o contrato tinha prazo de 30 de junho/2011 para ser concluída. “Estamos liberando a rodovia trinta dias antes do final do contrato. Só não o fizemos com menos prazo, por causa do período chuvoso que foi mais prolongado e dificultou a execução de algumas etapas da obra. Mas trabalhamos debaixo de chuva e até durante a noite, para garantir que o usuário possa ter a rodovia em pleno estado de conservação.”

O serviço foi executado em etapas de acordo com o planejamento de recuperação, são elas:

Limpeza da área e remoção do solo saturado – Durante esta etapa da obra, chegou a ser divulgado pela mídia que a erosão estava aumentando, quando na verdade a empresa contratada removia o solo que se encontrava encharcado d’água. Nesta condição, o solo não permite uma compactação satisfatória que possibilite a reconstrução do corpo de aterro.

Construção dos sistemas de drenagem e fundação – São serviços imprescindíveis e de execução criteriosa, que representam um percentual expressivo em relação a todo o tempo de reconstrução da rodovia. Estes serviços são de difícil visualização, considerando que estão “enterrados”, dando a falsa impressão de que a obra não está sendo realizada com a urgência que o usuário necessita.

Reconstrução do aterro e pavimentação – A reconstrução de um aterro se dá através de escavação em área de empréstimos de solos selecionados, devidamente caracterizados nos estudos geotécnicos. O solo é transportado, espalhado, homogeneizado e compactado em camadas sucessivas que não ultrapassam 30 centímetros nas camadas iniciais e 20 centímetros nas camadas finais em toda largura da rodovia. Isto implica em serviços de no mínimo 30 dias considerando que toda a compactação é controlada e que o corpo do aterro, nesta obra, tem 20 metros de altura e a produtividade varia de uma a três camadas por dia em função da umidade natural do solo ocasionado por chuvas constantes na região ocorridas até meados de abril.