Os 41 radares do tipo pardal em fase final de instalação em um trecho de 213 quilômetros da BR-040, entre Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, e Ewbank da Câmara, na Zona da Mata, começam a funcionar neste mês. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a saída do diretor-geral do órgão federal, Luís Antônio Pagot, um dos três servidores do Ministério dos Transportes afastados do cargo por denúncias de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras, não mudará o cronograma de intervenções em Minas Gerais. Os equipamentos de fiscalização eletrônica começaram a ser montados há dois meses entre o km 546,7 e o km 759 da BR-040.

De acordo com o Dnit, os radares vão entrar em operação de forma gradativa. Nos 84 quilômetros entre BH e Conselheiro Lafaiete, na Região Central, há 24 aparelhos. A velocidade máxima permitida vai variar de acordo com o trecho da rodovia federal: em alguns pontos será de 100km/h para veículos de passeio e de 80km/h para os de carga, e em outros de 110km/h para os carros pequenos e 90km/h para caminhões.

Em áreas urbanas, os motoristas não poderão ultrapassar os 30km/h, independentemente do tipo de automóvel. Com a ativação dos equipamentos na BR-040, serão 85 em funcionamento no estado – há 29 na BR-381, entre a capital e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e 15 no Anel Rodoviário de BH. O Dnit anunciou 410 para Minas.

Revitalização

Em visita a Belo Horizonte no início do ano, Luís Antônio Pagot afirmou que as obras de duplicação dos 311 quilômetros da BR-381, entre a capital e Governador Valadares, de revitalização do Anel Rodoviário de BH e de restauração de 130 quilômetros da BR-040 (com duplicação de dois trechos), de Ouro Preto a Ressaquinha, na Região Central, começariam neste ano. Além de Pagot, foram afastados dos cargos pelo ministro do Transportes, Alfredo Nascimento (PR), seu chefe de gabinete, Mauro Barbosa da Silva, e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa pública controlada pela União.

O Dnit ressalta que é o órgão executor dos projetos do Ministério dos Transportes e que o afastamento do seu diretor-geral não afetará o cronograma previsto para as obras. O ministério também nega a suspensão de qualquer projeto em andamento, mas não confirma que o ministro Alfredo Nascimento e a presidente Dilma Rousseff (PT) virão a Minas, ainda na primeira quinzena de julho, anunciar o início das obras nas BRs 381 e 040 e no Anel Rodoviário.

VIADUTOS Segundo o Dnit, as obras dos lotes 7 e 8 da duplicação da BR-381, trecho de 70 quilômetros entre o Anel Rodoviário de BH e a ponte do Rio Una, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central, dependem apenas da liberação de recursos para começar. Orçadas em R$ 1 bilhão, a previsão é de que elas sejam iniciadas em agosto. Na sequência, segundo o departamento, serão feitas as intervenções do lote 6, entre o Rio Una e João Monlevade, ainda na Região Central.

Também já foram licitadas as obras de restauração da BR-040. Serão investidos R$ 350 milhões em adequações de pontes e viadutos, mudanças de traçado em locais com alto índice de acidentes e duplicação de pistas nas áreas urbanas de Congonhas e Conselheiro Lafaiete (oito quilômetros cada). Outra obra que depende apenas da liberação de recursos (R$ 735 milhões) é a revitalização dos 26,5 quilômetros do Anel Rodoviário de BH, que deverá sair do papel a partir de setembro.

PROMESSAS PARA 2011

41 radares na BR-040, entre o km 546 e o km 759

R$ 250 mi para viadutos e pontes na BR-040

R$ 750 mi para revitalização do Anel Rodoviário de BH

R$ 1 bilhão para duplicação da BR-381, de BH a São Gonçalo do Rio Abaixo