Os proprietários de veículos que precisarem atravessar o Rio Ceará neste domingo (31) já não pagarão o pedágio de R$ 2 cobrado para atravessar a Ponte José Martins Rodrigues, que era administrada por uma empresa privada desde 1997. O fim desta exigência foi anunciado no começo deste mês e é resultado de uma negociação entre a Prefeitura de Fortaleza e a construtora CHC Ltda., responsável pela operação do equipamento.

Durante os primeiros dias, segundo informou a Secretaria de Infraestrutura do Município, os carros devem passar apenas pelas vias laterais direitas de cada sentido – mais largas e por onde passavam apenas caminhões e veículos maiores.

A Seinf ainda informou que está elaborando um projeto viário “com o objetivo de garantir fluidez ao tráfego de veículos no trecho”, o qual não possui data certa para ser finalizado. Já a operação dos guichês e da infraestrutura ao lado não se sabe se continuarão existindo.

Junto com a Seinf, também será responsável pela administração da ponte a Secretaria Regional I, de Fortaleza. Na manhã de sábado, o movimento do tráfego continuava normalmente entre as duas cidades.

Críticas e demissões

O benefício gerado aos donos de veículos e a negociação da Prefeitura da Capital com a CHC, no entanto, não evitou que os 32 funcionários contratados para a operação dos guichês e manutenção da ponte fossem demitidos.

“Dia primeiro (de abril) vamos todos procurar emprego e olha que tem gente com mais de 13 anos trabalhando aqui”, lamentou um dos empregados ouvidos pela reportagem e que não quis se identificar.

Também no anonimato, outro funcionário critica a falta de preocupação com este pessoal e questiona se a manutenção da área (ponte e entornos) “vai ser mesmo realizada pela Prefeitura de Fortaleza, já que a estrutura do pedágio fica localizada toda dentro da área que pertence à Prefeitura de Caucaia.

“Além do mais, quero ver quem vai manter essa área segura, pois aqui do lado tem muitas favelas e traficantes bem próximos, que não tomam conta daqui porque nós estamos por aqui”, finaliza.

Desemprego

32 pessoas que trabalhavam na operação e manutenção da ponte sobre o rio deverão ser demitidas, segundo funcionários ouvidos pela reportagem.