A partir de 1º de dezembro devem entrar em vigor as novas tarifas de pedágio no Paraná Para que isso se concretize, as concessionárias de rodovias apresentam os cálculos ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para depois poderem aplicar os novos preços.

Apesar de ainda não revelar o percentual de reajuste, o diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias para o Paraná e Santa Catarina, João Chiminazzo Neto, acredita que o diálogo com o governador Orlando Pessuti vai ocorrer com mais tranquilidade do que durante os sete anos anteriores com o então governador Roberto Requião.

O Pessuti é um homem de diálogo , disse Chiminazzo. Ele acredita que neste ano, a discussão não deve chegar na esfera judicial. O diretor contou que foram iniciadas algumas conversas para realizar uma renegociação dos contratos depois que Pessuti assumiu o governo, mas como foi criado um imbrólio jurídico sobre o pedágio durante os dois mandatos de Requião, não haveria tempo hábil para resolver todo esse passivo jurídico antes de começar a renegociação.

Chiminazzo destacou que as concessionárias sofreram desgaste com as ameaças de fim da concessão e de encampação, além das perdas com os atrasos dos reajustes Nunca se discutiu o reequilíbrio dos contratos, mas estivemos dispostos a negociar , afirmou.

A expectativa dele é que haja diálogo nas negociações com o governador eleito Beto Richa do ponto de vista institucional e técnico O passivo jurídico das concessionárias deve ser um dos primeiros assuntos da pauta com o novo governo.

Mesmo sem revelar valores, ele afirmou que o pedágio deve subir por conta do aumento da inflação. O aumento é feito por uma fórmula paramétrica que inclui os índices de terraplanagem, de pavimentação, o IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado) e o Índice Nacional do Custo da Construção No ano passado, a média de aumento foi de 1,5%.