Não faz sentido o sul do estado ter cinco praças de pedágio e pagar quase o dobro da tarifa cobrada no trecho norte. Porque é aí que está problema.

O grito que o sul está dando não é contra o pedágio. Mas, como pretendem implantar. A BR-101 em Santa Catarina é dividida em Florianópolis. De lá para Curitiba é o lado norte, e para cá, é o lado sul.

Sendo assim, o pedágio de Paulo Lopes (que não é mais em Palhoça faz anos) está no trecho sul. Por isso, somando com as quatro praças de pedágio que o governo quer implantar por aqui, ficarão cinco no sul.

Assim, quem sair de Criciúma, ou Jaguaruna, para ir a Florianópolis, ou São José, vai pagar três pedágios. Ida e volta, seis pedágios. Em menos de 200 quilômetros. Não parece correto.

Os estudos técnicos que definiram três praças a partir de Florianópolis até o Paraná, não podem determinar mais que três no lado de cá. Ademais, por que a tarifa no trecho norte r$ 2,70 e para o lado sul já está em r$ 4,20?

Pela proposta original seria r$ 3,97, mas a valores de 2016. Fazendo a atualização monetária, vai a r$ 4,20. A parte mais rica do estado paga mais barato por que? O pedágio no trecho sul da BR-101 virá, não tem volta, é uma necessidade.

Não tem outra saída para garantir estradas seguras e conservadas. Mas, o sul do estado não pode se prejudicado, de novo. Quando fizeram a duplicação, foi só no lado norte. Para o sul, nem projeto. E a região perdeu muito, seus indicadores econômicos caíram, as cidades ficaram mais pobres.

Só depois de concluído e entregue o trecho norte é que começaram a tratar do lado sul. Deu-se um hiato de praticamente 10 anos. Agora, com as praças de pedágio, que o sul tenha pelo menos o mesmo tratamento do norte.

Fonte: www.4oito.com.br