Na BR-316, saída de Teresina com destino ao sul do estado do Piauí, existe uma placa que indica parada obrigatória para os caminhões, mas, apesar do aviso, os veículos passam livremente pela rodovia. No local existe uma balança que deveria estar sendo usada para pesar os veículos de transporte de carga, mas não é isso que vem ocorrendo.

José Leite Pereira, ex-chefe de fiscalização do posto de pesagem, afirmou que chegou a flagrar caminhões com um peso muito acima do permitido. “Já chegamos a pesar veículos com 19 mil quilos de excesso. Um peso grande que vinha rodando de outros estados e só parou no Piauí”, conta. Em 2013, a Polícia Rodoviária Federal multou 196 caminhoneiros por excesso de peso no Piauí.

A fiscalização no estado é feita por uma empresa terceirizada contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e o trabalho é realizado somente duas horas por dia. Segundo o próprio órgão, seriam necessárias 40 balanças no Piauí, mas o estado tem apenas três móveis que são sempre instaladas na saída sul de Teresina na BR-316. O restante do estado não conta com fiscalização desse tipo, o que resulta em grandes prejuízos para a malha rodoviária.

O engenheiro civil José Napoleão Filho explica que a vida útil de uma estrada, que deve ficar entre 8 e 10 anos, pode ser diminuída para em até 50%. O asfalto é feito para suportar um determinado peso e quando isso não é respeitado os buracos começam a aparecer.

Quem utiliza as estradas para o trabalho lamenta a falta de fiscalização. “O certo era todo mundo andar com o peso de balança, sem excesso” diz Welton lima, caminhoneiro. Opinião parecida com a do também caminhoneiro José Neto Barbosa. “As pistas tem condições de ter mais durabilidade com as cargas mais leves. Andar certo é bom todo mundo, caminhões, pistas e caminhoneiros”, diz.