Com menos de um mês de funcionamento, as praças de cobrança de pedágio da ViaBahia já estão causando dor de cabeça aos motoristas que transitam pela BR-116. No último domingo (19) as filas de carros causadas pela lentidão nos postos de cobrança chegaram a 40 km de extensão.

O congestionamento, que começou na Praça de Planalto, alcançou os perímetros da cidade de Vitória da Conquista. Para Assis, inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma falta de planejamento por parte da empresa. “Essa questão do pedágio é muito complicada. A concessionária responsável pela manutenção da rodovia não se preparou suficientemente para o período das férias”, revela o inspetor.

A Polícia Rodoviária Federal foi obrigada a liberar as praças de pedágio para que o trânsito voltasse a fluir normalmente durante o final de semana. “Essa atitude foi uma exceção, mas foi necessária para que a situação se resolvesse porque foi um verdadeiro caos. Usuários reclamando da demora, pessoas passaram mais de seis horas da fila para o pagamento do pedágio. É uma coisa inconcebível e inaceitável”, explica Assis.

Segundo Assis, o que o motorista pode fazer em casos como esse é procurar a PRF e registrar uma ocorrência, falar sobre o atraso da viagem, o transtorno e todo o constrangimento que ele passou para efetuar o pagamento. “Nós faremos e registro e iremos encaminhar para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é a responsável pela fiscalização da concessionária”, afirma o Inspetor.

O diretor da Via Bahia, Sergio Santillán, afirma que durante as férias o fluxo de carros aumenta 30% em relação ao valor normal, mas o atraso não é culpa da empresa e sim dos motoristas, que não estão acostumados com os postos de cobrança. Segundo o diretor, alguns motoristas se reúnem em posto de gasolina, saem em comboio e se recusam a receber o troco com o intuito de atrasar o atendimento do pedágio. “A praça passou a ser a repressão natural da rodovia”, diz Sergio.