A Polícia Rodoviária Federal realizou na rodovia BR 316, Km 292, Posto da PRF de Picos, o Comando de Saúde nas Rodovias. Este é um evento de prevenção aos acidentes de trânsito envolvendo motoristas profissionais, notadamente condutores de caminhões. Dados da PRF revelam que 34% dos acidentes e 14% das mortes nas rodovias federais envolvem veículos de carga.

Setenta profissionais entre policiais, enfermeiros, médicos e estudantes atuaram neste trabalho de avaliação da saúde do motorista profissional. Esta ação resultou da associação com o SEST/SENAT, 3º Batalhão de Engenharia e Construção, DNIT, Polícia Militar do Piauí, Ciretran/Picos, Secretaria Municipal de Saúde de Picos/PI, Coordenação Regional de Saúde de Picos/PI, Cursos de Enfermagem, Nutrição e Educação Física da Universidade Federal do Piauí (Campos de Picos).

Foram abordados 103 motoristas e realizadas as seguintes atividades: verificação de pressão arterial, frequência cardíaca, glicemia. Na oportunidade foram verificados peso, altura, índice de massa corporal, circunferência abdominal e cervical e percentual de gordura corporal. Realizou-se teste de acuidade visual e auditiva, força manual, campo visual, visão estereoscópica, visão cromática e reação ao ofuscamento. Procedeu-se à distribuição de preservativos e material informativo sobre saúde e trânsito. A todos foram administradas vacinas contra tétano e difteria, febre amarela, hepatite B, gripe).

Dentre os exames realizados e questões apresentadas, alguns chamaram à atenção na análise dos resultados. Ficou demonstrado que 80% dos profissionais estão acima do peso; 75% sofrem de pressão alta. Neste quesito, cite o caso de motorista cuja pressão estava em 22 x 12. Foi medicado e prosseguiu viagem depois de normalizada a pressão. Declarou ao médico que havia uma semana não tomava o medicamento indicado para esta patologia. 25% apresentam deficiência visual.

A partir de declaração própria, restou levantado que 71% dos motoristas trabalham em carga horária excessiva, 20% já se envolveram em acidente de trânsito e 17% faz uso de medicamento para retardamento do sono, para prolongar a jornada de trabalho. Todos se submeteram à avaliação médica e receberam orientações necessárias para normalização da condição de saúde.