A duplicação da BR-153 sofreu novo revés com a demissão do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que saiu do governo em meio a denúncias de corrupção na pasta. A obra, cujo projeto está em análise no Dnit, vai para a geladeria mais uma vez.

Na terça-feira, o governo já havia anunciado a suspensão de novas licitações de obras em rodovias por 30 dias. A duplicação da rodovia tem custo estimado em R$ 183 milhões.

Com a demissão do ministro, com quem o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) e deputados da região haviam discutido a duplicação da rodovia, o processo empaca. Inicialmente, Dnit esperava abrir a concorrência da duplicação no início deste semestre. Nesta quarta-feira (06), o órgão confirmou que todos os projetos da pasta sofrerão atraso.

A duplicação do trecho que passa por Rio Preto chegou a ser licitada na gestão do ex-prefeito Edinho Araújo (PMDB), mas a obra nunca saiu do papel. Na época, a duplicação tinha custo estimado de R$ 70 milhões. O trecho que passa por Rio Preto está fora da concessão da rodovia justamente porque a prefeitura e o governo federal firmaram convênio para duplicar o trecho de 17,4 quilômetros.

O secretário de Planejamento, Milton Assis, que viajou a Brasília para discutir a obra, reconhece o atraso no projeto. “Paciência. Vai atrasar, mas isso vai acontecer no Brasil inteiro. Vamos esperar e restabelecer contato com o governo daqui a algum tempo’, disse Assis. O secretário afirma que a prefeitura “fez sua parte” ao entregar projeto da obra ao governo e contratar empresa que vai requisitar a licença ambiental para a duplicação. O governo avalia pedir a realização da obra pelo PAC para tentar agilizar a duplicação.