Uma RS-010 (Rodovia do Progresso) com os mesmos 40 quilômetros de extensão, mas com menos praças de pedágio – duas ao invés das três previstas – e com valor mais barato para os usuários, onde 92% dos motoristas pagarão 2,20 reais de tarifa – no modelo denominado ponto a ponto. Tudo isso com menos investimentos por parte do governo estadual, já que algumas obras inicialmente a cargo do Palácio Piratini serão incorporadas pela construtora, e com um prazo de execução reduzido.

Este é um pequeno resumo da proposta apresentada ontem pela Odebrecht a partir das necessidades apresentadas pelos prefeitos que integram a Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal). O evento marcou a inauguração da sede nova da entidade e também serviu para a cerimônia que reconduziu o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, para mais um mandato no seu comando. “Este é um modelo diferente do que existia, discutido com os secretários de Transporte dos municípios. Reduz a tarifa em 10% e o número de praças de três para duas. É uma alternativa inventiva, criativa”, avalia o canoense.

Antes de ser levado ao governador Tarso Genro, Jairo pretende apresentar a proposta aos colegas de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann, e de São Leopoldo, Ary Vanazzi.

Mais investimentos

Representado a Odebrecht, Mário Silvério diz que a intenção da empresa foi adequar o projeto inicial às necessidades dos municípios. A redução do valor será viabilizada com o aumento tráfego na via. A empresa vai se responsabilizar pela construção do trecho da RS-449 que liga a RS-240 com a RS-010, bem como o contorno de Sapiranga e o trevo de Sapucaia do Sul. Pela proposta, os 77,4 milhões de reais anuais a serem dados como contrapartida pelo Governo Estadual durante 20 anos cairiam para 75,5 milhões de reais. Os investimentos da empresa subiriam de 1,3 para 1,5 bilhão de reais. A duplicação do trecho entre Novo Hamburgo e Sapiranga já ocorreria no sexto ano, não mais no 35º.

Mais pagam menos

Silvério explica que mais de 90% dos usuários pagarão a tarifa mínima de 2,20 reais, caso de quem acessar a rodovia pela RS-118 ou pela BR-116. Os 4,40 reais seriam pagos somente pelos que se deslocaremde Novo Hamburgo a Porto Alegre, por exemplo. “A proposta não altera o modelo de concessão, apenas a parte técnica.Acredito que esta obra é a melhor alternativa para desenvolver a parte leste da Região Metropolitana”, aponta.

Ponto a ponto

O modelo de pedágio ponto a ponto, utilizado pelo governo federal, permite o pagamento de apenas a tarifa referente ao trecho percorrido pelo motorista. Os anéis de acesso receberão cabines para fazer a cobrança.