A Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, terá o trânsito interrompido parcialmente, nesta sexta-feira (12), pela Associação de Guias Turísticos e Associação dos Comerciantes de Chapada. O motivo do protesto é cobrar de autoridades competentes a abertura do Complexo da Salgadeira e do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

A Salgadeira foi interditada pela Justiça, por meio de um pedido do Ministério Público Estadual, no dia 27 de outubro do ano passado. Conforme o órgão, o local estava com diversas irregularidades no funcionamento.

O Parque Nacional, na parte que atinge o Véu de Noiva e trilhas de outras cachoeiras, foi fechado no dia 1º de julho deste ano, por falta de monitores que possam acompanhar turistas e guias turísticos. Segundo o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o fechamento é por tempo indeterminado.

Até então, o pagamento desses monitores era realizado pela Prefeitura de Chapada. Porém, no entendimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e acatado pelo prefeito do município, Flávio Daltro (PP), como o Parque Nacional é responsabilidade do Governo Federal, o pagamento de funcionários deveria ser feito por ele.

Para um dos representantes da Associação de Comerciantes de Chapada dos Guimarães, Ricardo Sarmento, empresário da área rural, é urgente que medidas sejam tomadas para a reabertura dos dois locais. O fechamento da Salgadeira e do Véu de Noiva já começou a refletir no comércio local, segundo o empresário.

“O que ocorre é que têm sido tomadas medidas de forma arbitrária e sem base constitucional. A atividade principal de Chapada, que é uma cidade turística, é sustentada principalmente pela visitação dos pontos turítsicos. O comércio, de forma geral, tem sentido muito tudo isso. Então, faremos um movimento pró-abertura do Parque e da Salgadeira, para que se chegue, pelo menos, a um meio-termo”, disse.

Conforme Sarmento, no ano passado, o Parque recebeu 90 mil turistas. E, em outras festividades, como o Festival de Inverno deste ano, em julho passado, recebeu mais de 60 mil.

“Não queremos medidas que prejudiquem ou vão de encontro às leis ambientais, porém queremos encontrar uma solução, um meio-termo, para que não saiamos prejudicados”, afirmou.

O protesto começa às 7h e deve durar o dia inteiro. Os manifestantes estarão localizados entre a Salgadeira e o Portão do Inferno, a 45 km de Cuiabá.