Quatro ônibus que passavam pelas BRs 373 e 277 foram alvos de assaltantes na madrugada de quarta-feira, 5, na região central do Paraná. Próximo a Prudentópolis, um quarteto tentou abordar um ônibus de linha, mas fugiu após ser surpreendido por um policial à paisana. Já em Candói, o crime foi melhor planejado e resultou no roubo de mais de R$ 60 mil de passageiros que realizariam compras no Paraguai. O prejuízo às vítimas ainda inclui o pânico vivido durante uma ação violenta.

Os turistas saíram de Joinville (SC) com destino a Foz de Iguaçu e estavam divididos em três ônibus. Provavelmente cientes da excursão, cerca de dez assaltantes abordaram os grupos com um Corolla preto e um Pálio verde, no KM 374 da BR 277, por volta da 1h desta quarta-feira. O primeiro ônibus conseguiu escapar dos bandidos e logo os passageiros comunicaram a polícia. Mas, até a chegada da PM, os integrantes dos outros dois veículos foram feitos de reféns, perderam todo o dinheiro que carregavam e ainda tiveram de ficar nus.

Os ônibus roubados pertencem às empresas Confiança Tur, de Pinhais, e Gold Tur Transporte e Turismo, de Pomerode (SC). Os veículos eram escoltados por seguranças, que nada puderam fazer diante da quantidade de bandidos e do forte armamento utilizado por eles.

Divididos em dois grupos, os bandidos deram voz de assalto nos dois ônibus e os levaram até uma estrada rural. Enquanto isso, recolheram dinheiro dos turistas e os obrigaram a ficar nus – incluindo alguns idosos que estavam na excursão. Quando um dos passageiros tentou defender a sua mulher, um criminoso atirou no teto do ônibus, causando alvoroço entre as vítimas.

Os ladrões ainda agrediram um motorista, pois pediam o dinheiro arrecadado com a excursão. Depois disso, colocaram os turistas nos bagageiros dos ônibus. O grupo criminoso interrompeu a ação e fugiu após ser comunicado de que uma viatura da polícia se locomovia pela BR 277 com as sirenes ligadas. A comunicação foi realizada por um “olheiro” da quadrilha – que, na verdade, confundiu uma ambulância com um carro de polícia.

Um cartucho deflagrado de pistola ponto 40 foi entregue aos policiais, que não realizaram patrulhamento em busca dos suspeitos. O caso foi repassado para a investigação da Polícia Civil.