O motorista de um caminhão perdeu o controle do veículo e colidiu com outros sete carros no Km 3 da ERS-115, em Taquara.

O acidente terminou com pelo menos quatro mortos, sendo duas crianças da mesma família – uma dela havia nascido apenas cinco dias atrás.

Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar, os sete automóveis estavam parados em um congestionamento devido a reparos no asfalto da rodovia estadual quando foram atingidos pelo caminhão com placas de Três Coroas, conduzido por George Canabarro, 52 anos.

Três das quatro pessoas que morreram estavam no mesmo veículo. Uma delas era Eduarda Mikaelli da Silva Soares, uma recém-nascida de apenas cinco dias de idade, que morreu no Hospital Bom Pastor, em Igrejinha, após chegar com vida na emergência.

O irmão Enzo Leandro da Silva Brombatti, dois anos, que estava no banco de trás do mesmo carro, foi transferido para o Hospital Bom Jesus, em Taquara, mas também não resistiu aos ferimentos. A mãe, Tiliane Fagundes da Silva Brombatti, 27 anos, morreu na hora. Havia pelo menos mais uma pessoa no veículo.

— Foi uma tragédia. É muito difícil trabalhar nessas condições, tendo que resgatar bebês e crianças ainda com vida e saber depois que não resistiram — definiu o capitão do Corpo de Bombeiros de Taquara, André Lima da Silva, ao ficar sabendo pela reportagem que as crianças não sobreviveram.

A tragédia também tirou a vida de um jovem que conduzia outro veículo. O Corpo de Bombeiros, até o fechamento desta edição, trabalhava para retirar o corpo do motorista das ferragens.

— Seguiremos trabalhando na madrugada (desta quarta-feira) junto com a perícia. Eles ainda estão averiguando um dos carros. Nem sabemos ainda a identificação das vítimas, se são familiares ou não — explicou o tenente César da Fonseca do Comando Rodoviário de Sapiranga.

Outras oito pessoas estão hospitalizadas, sete delas no Hospital Bom Jesus, gerido pelo complexo Mãe de Deus. Uma delas está na UTI, outra em recuperação após passar por uma cirurgia. As demais seguem em observação. Nenhuma corre risco de vida, conforme o hospital.

A delegada plantonista de Taquara, Andréa Nicotti, prendeu o motorista do caminhão em flagrante após testemunhas relatarem que ele falava ao celular no momento do acidente. Havia, inclusive, uma chamada registrada quando ocorreu a colisão, explicou a delegada.

— Nos depoimentos que ouvi me garantem que ele estava em alta velocidade e falando ao celular. Há uma ligação às 14h54min, quando houve o acidente. O que ele argumenta é que o sol atrapalhou a visão, e que não enxergou a tempo os veículos parados. Em todo caso, ele não terá direito a fiança e será encaminhado ao presídio municipal de Taquara — explicou Andréa.