O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) deve divulgar amanhã a autorização para que as seis concessionárias de pedágio, que administram trechos do chamado Anel de Integração do Paraná, reajustem as tarifas, a partir de primeiro de dezembro.

O pedido de aumento foi entregue sexta-feira com as planilhas de custo e os cálculos sobre quanto os motoristas serão obrigados a pagar para trafegar pelas rodovias paranaenses.

Até o fim da tarde de ontem, governo e pedagiadoras se negavam a divulgar o valor da correção, mas a tendência é de que o aumento siga a média histórica, ficando próximo do índice inflacionário, previsto para fechar o ano em 5,5%.

O reajuste do pedágio no Paraná segue uma fórmula que leva em conta o Índice Nacional do Custo da Construção, o Índice Geral de Preços de Mercado, e outros indicadores da construção rodoviária como valorização da mão de obra e terraplenagem, entre outros itens.

Nos cinco anos mais recentes, os pedágios tiveram um reajuste acumulado de 23,68%, enquanto a inflação ficou em 23,72%.

A novidade, agora em 2011, deve ser a autorização do reajuste sendo dada sem a necessidade das empresas recorrerem à Justiça. Durante os dois governos de Roberto Requião (PMDB), o DER não autorizou reajuste algum.

Nos oito anos, as empresas tiveram que recorrer ao judiciário para ter garantido o que está previsto no contrato. Agora, a expectativa é de que até amanhã os paranaenses já conheçam os novos valores aprovados pelo DER.

Autorização

Ontem, por meio da Assessoria de Imprensa, o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, disse não ter porque não autorizar o reajuste.

“O governo anterior não autorizou e isso não teve resultado prático. Pelo contrário, só aumentou o passivo judicial”, afirmou. Há seis meses, o secretário negocia com as concessionárias para retirar os processos que tramitam na Justiça e readequar os contratos de concessão.

O secretário adiantou que a principal dificuldade enfrentada nas conversas com as concessionárias é a questão da tarifa. “Colhemos frutos na questão de obras retiradas dos contratos ou postergadas. O principal avanço é o diálogo aberto. Mesmo que não tenhamos nada concreto em termos de tarifa, vamos trazer obras de volta, como o contorno de Mandaguari”, exemplificou.

Por meio da assessoria, Richa Filho não quis se manifestar sobre as negociações para pedagiar novos trechos de rodovias, anunciados pelo secretário e desmentidos dias depois pelo irmão, o governador Beto Richa (PSDB).

José Richa havia anunciado que estuda conceder mais três trechos de rodovias à iniciativa privada. Seriam candidatas a ganhar praças de pedágio a PR-323 (Maringá/Guaíra), a PR-445 (Mauá da Serra/Primeiro de Maio) e a BR-376 (Paranavaí/Nova Londrina).