A rodovia Marechal Rondon, uma das mais importantes do interior de São Paulo, recebeu a maior quantidade de novas praças de pedágio da segunda fase de concessões do governo do Estado.

As duas concessionárias que a administram, porém, foram as que menos investiram entre todas que assumiram estradas paulistas desde 2008.

A ViaRondon, responsável pelo trecho oeste da rodovia, desembolsou R$ 69 milhões em melhorias até julho deste ano –só 61% do previsto.

A Rodovias do Tietê, que cuida do trecho leste da Marechal Rondon, gastou R$ 76 milhões, 69% do estimado por sua proposta original.

Os resultados destoam dos investimentos de outras concessionárias, que, gerenciando malhas rodoviárias semelhantes ou menores, injetaram entre R$ 106 milhões e R$ 408 milhões, de 80% a 165% do programado –os gastos incluem reformas da sinalização, da pista ou implantação de acostamentos.

O ritmo mais devagar nos desembolsos das empresas que cuidam da Marechal Rondon encontra eco na queixa de usuários de regiões como Botucatu, Bauru e Araçatuba.

“O pavimento já começa a ter rachaduras, faltam guard-rails. Não vi nenhuma reforma significativa. Só pedágios em excesso”, diz o professor universitário José Angelo Cagnon.

A condição da estrada foi considerada “boa” em pesquisa feita neste ano pela Confederação Nacional do Transporte. Mais de metade das rodovias paulista foi classificada como “ótima”.
A Marechal Rondon tem 13 praças de cobrança, 8 delas implantadas de 2009 para cá.

O sistema Ayrton Senna/ Carvalho Pinto foi repassado para a Ecopistas sem a instalação de novos pedágios. A empresa gastou nesse período R$ 106 milhões –quase 20% acima do estimado.