São Paulo é o segundo Estado com os pedágios mais caros do país, atrás apenas do Rio de Janeiro. Segundo estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que calculou a tarifa média nos sete Estados que passaram rodovias para a iniciativa privada.

O valor paulista é de R$ 12,76 por 100 km, enquanto o nacional é de R$ 9,04. O Rio tem a média mais alta, de R$ 12,93, e o Espírito Santo é o terceiro Estado com valor superior ao do país, de R$ 12,44.

Enquanto isso, em Estados como Minas Gerais, a média cai pela metade: R$ 6,46. A grande diferença de valores ocorre principalmente pela forma como as licitações e contratos são feitos: o governo federal – que possui média de R$ 5,11 – realiza a licitação pelo menor preço ofertado.

Já São Paulo e Rio de Janeiro cobram, além da menor tarifa, o valor da outorga, que acaba sendo pago pelos motoristas. Segundo o Ipea, esses critérios de escolha do vencedor da licitação adotados por São Paulo e Rio acabam penalizando os usuários por meio das tarifas mais caras.


Investimentos

O Ipea também calculou o valor investido por quilômetro, tanto nas rodovias públicas como nas concedidas. Nos dois casos, eles cresceram, pois os investimentos cresceram mais rapidamente do que a extensão das rodoviárias. Apesar disso, nos últimos oito anos, o investimento nas rodovias concedidas sempre foi superior ao das públicas. Entre 2003 a 2010, o aumento nas concedidas foi de 57%; nas federais, de 41%.

O estudo sugeriu ainda um plano de investimentos em infraestrutura de transportes para os próximos quinze anos. Segundo o Ipea, o Brasil deveria investir aproximadamente R$ 125 bilhões por ano (3,4% do PIB) para manter o mesmo padrão de investimento que um grupo de países emergentes – em 2010, o Brasil investiu R$ 23,4 bilhões.