A Toyota anunciou nesta quarta-feira 10 o recall de 7,4 milhões de veículos, distribuídos em sua maioria por três continentes. De acordo com comunicado da empresa, que tomou a decisão voluntariamente, o motivo é um defeito no interruptor do vidro elétrico que oferece risco remoto de incêndio. A companhia diz não ter recebido relatos de acidentes relevantes decorrentes do problema.

É o maior recall individual de uma montadora nos últimos 16 anos: em 1996, a Ford convocou os proprietários para a revisão de 7,9 milhões de veículos, de diferentes modelos produzidos entre 1988 e 1993, por conta de problemas com a ignição que poderiam danificar e até causar a explosão do motor dos veículos.

Segundo a Toyota, os carros com defeito foram produzidos entre 2005 e 2010 e são de modelos do Corolla, Yaris, Vios, Matrix, Auris, Camry, RAV4, Highlander, Tundra, Sequoia, xB e xD. Os veículos estão em sua maioria nos Estados Unidos (2,47 milhões), na China (1,4 milhão) e na Europa (1,39 milhão). A empresa não incluiu a América do Sul na lista de regiões com carros afetados pelo recall.

A notícia é um golpe forte na recuperação da montadora, que voltou neste ano ao posto de número 1 em vendas globais de carros – nos últimos anos, os negócios da Toyota foram colocados à prova em diversos momentos, como o tsunami de março de 2011, que derrubou a produção das companhias japonesas, e uma série de três grandes recalls realizados entre o final de 2009 e o início de 2010, que colocaram em cheque a até então sólida reputação da empresa.

Ainda não há informação da Toyota no Brasil se a convocação atinge modelos vendidos aqui, mas pela dimensão do recall, isso provavelmente deve ocorrer.