No último fim de semana a ponte sobre o rio Carnot, em Calçoene, foi parcialmente interditada. A estrutura cedeu. O excesso de tráfego de carros de grande porte é um dos motivos.

O secretário de Transportes do Estado, Edson Alcântara, encaminhou documento solicitando à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que controle o fluxo de veículos acima de 30 toneladas, na rodovia 156. A decisão é para evitar que veículos dessa natureza danifiquem estruturas em madeira de pontes, já comprometidas. No último fim de semana, a ponte sobre o rio Carnot, em Calçoene, foi parcialmente interditada. A estrutura cedeu. O excesso de tráfego de carros pesados na ponte é um dos motivos.

“A medida foi para evitar um possível isolamento daquela região. Mas estamos trabalhando para normalizar a situação. Por enquanto, apenas os veículos acima de 30 toneladas estão impedidos de passar pela região”, explicou o secretário, após visitar a área, no último domingo.

Segundo Edson Alcântara, a recuperação da ponte vai depender das condições do tempo. “Sabemos que nesta época do ano a precipitação na região de Calçoene é muito grande. Para este ano a estimativa é que a precipitação pluviométrica chegue a 420 milímetros na região norte do Estado. Então, o trabalho acontece de acordo com as condições do tempo, mas esperamos o mais rápido entregar o serviço”.

O secretário afirmou que existe um convênio do governo federal, firmado no ano passado, destinado a conservação da rodovia no valor de R$ 14 milhões. De acordo com Edson Alcântara, a BR-156 foi dividida em blocos. O trecho norte, por exemplo, de Calçoene até o início da pavimentação em Oiapoque, vai ficar por conta da Etecon.

Já o trecho sul da rodovia, do km 21 a Laranjal do Jari, foi dividido em quatro sub-trechos 1A, 1B, 1C e 1D. O primeiro e o último ficaram sob a responsabilidade da LB Construções. O segundo, com a Millenium, e o terceiro com a Etecon. Todas já receberam a ordem de serviço e terão o trabalho de manter os 240 quilômetros de estrada em condições de trafegabilidade.

Edson Alcântara contou que paralelamente a esse serviço, as empresas contratadas farão um diagnóstico sobre a situação de cada ponte em madeira. “Nossa proposta é saber as condições de cada uma delas. A partir daí traçar uma meta de trabalho e, dependendo da realidade de cada uma delas, poderemos fazer a recuperação ou mesmo optar pela construção de uma nova”, disse.