O Feriadão de Páscoa tem um saldo trágico nas vias federais, estaduais e municipais do Rio Grande do Sul: pelo menos 31 pessoas perderam a vida no trânsito gaúcho desde o meio-dia de quarta-feira.

O problema começou a chamar atenção já nos primeiros dois dias de folga. Somente até o meio-dia de sexta-feira, 24 mortos eram contabilizados, mais do que em todo o Carnaval, quando foram 20 as vítimas. Não havia um feriadão tão violento como esse desde o Corpus Christi de 2010, que registrou 35 óbitos ao volante.

Na Páscoa passada (quando o feriado teve um dia a menos), o número não passou de 16, conforme levantamento feito por Zero Hora.

O acidente mais grave ocorreu na tarde de quinta-feira, quando uma família de São Leopoldo, no Vale do Sinos, fez a primeira viagem no carro recém-comprado. O passeio terminou com a morte de pai, filho, filha e nora, no km 7 da ERS-400, entre Candelária e Sobradinho.

A explicação para tantas tragédias, na opinião do chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alessandro Castro, pode estar relacionada a um misto de imprudência, despreparo e movimento acima do normal — tanto que o início do período foi marcado por congestionamentos históricos.