Uma obra fundamental para desafogar a marginal do Tietê e permitir aos motoristas que seguem viagem para outros destinos de evitar entrar na cidade de São Paulo está correndo risco de atrasar pela demora da ANTT- Agência Nacional de Transportes Terrestres. em aprovar projetos relativamente simples, em relação a importância da obra.

Segundo a concessionária SPMar informou, ao jornal Estado de São Paulo,  o atraso na conclusão do Trecho Leste do Rodoanel deve-se a dois entraves nas aprovações do entroncamento com a Rodovia Presidente Dutra pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Arujá, e da passagem inferior sob a linha férrea MRS Logística S.A., em Mauá.

“A não liberação das autorizações, datadas desde maio de 2013, geram um custo de R$ 11 milhões por mês em equipamentos e pessoal alocados e parados que aguardam pelo início das obras. Caso haja novas interferências e as duas intervenções ressaltadas não sejam solucionadas, será necessária a postergação do prazo de conclusão das obras”, diz, em nota.

Segundo a concessionária, a obra “segue à risca o cronograma anunciado ao poder público em março de 2011, que previa 5% no primeiro ano, 40% no segundo ano e os 55% restantes no terceiro ano das obras”, que terminaria em março.

“A obra já superou os 73% de avanço e tem 80% dos trabalhos de terraplenagem executados”, informa a SPMar. “Se considerarmos o Trecho Leste do Rodoanel até a Ayrton Senna, previsto para entregar em março de 2014, já houve avanço de 80% das obras”, completa.

Segundo a concessionária, a maioria das notificações da Agência de Transportes de São Paulo (Artesp) trata de “atraso de entrega de projetos que necessitaram de modificações” que ocorreram por causa de “variações geológicas” e “fatores que não estavam contemplados no projeto inicial”.

“É importante esclarecer que a concessionária é a principal interessada em entregar a obra, uma vez que administrará a rodovia pelos próximos 32 anos e o retorno de todo seu investimento, de R$ 3,2 bilhões sem onerar um centavo os cofres públicos, ocorrerá via pedágio.”

Cronograma. Em nota, a Artesp informou que a entrega do trecho até a Ayrton Senna “facilitará a fluidez de tráfego na região, ajudará na retirada de veículos pesados que seguem do interior para o litoral e interligará oito principais rodovias que chegam à Região Metropolitana de São Paulo”.

São elas: Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Imigrantes, Anchieta e Ayrton Senna. Segundo a agência, “nos 8 quilômetros restantes, até a Rodovia Presidente Dutra, a obra poderá sofrer atraso”, mas “os trabalhos seguem para evitar este problema”.

A Artesp afirma ainda que “o cronograma de execução das obras é de responsabilidade integral da concessionária SPMar”. O Estado não conseguiu contato com a ANTT ontem.

Fonte: Estado de São Paulo