Em matéria realizada pelo portal G1 que percorreu 313 km de estradas da Região Serrana do Rio de Janeiro, nos dias 28 e 29 de março, foi constatado que as rodovias ainda não foram recuperadas após os estragos provocados pela chuva que começou em 11 de janeiro. Quase 3 meses após a catástrofe, ainda há rachaduras e buracos no asfalto, apesar de alguns trechos terem sido consertados.

No mês passado, chamou a atenção dos brasileiros a agilidade com que uma estrada foi reparada no Japão após o terremoto. Tudo ficou pronto em apenas 6 dias. No Rio as obras podem se estender por mais 5 meses. Segundo as concessionárias, a demora ocorre porque elas dependem da autorização dos órgãos públicos para iniciar as obras.

O G1 percorreu trechos de 3 rodovias, a RJ-116, a RJ-130 e a BR-495, fotografou e preparou um mapa com pontos intransitáveis, liberados ou com alguma restrição.

Na RJ-116, que liga Itaboraí a Macuco, o G1 constatou que a viagem de Nova Friburgo a Bom Jardim, que era feita em menos de 20 minutos, leva atualmente o dobro do tempo ou mais. A Rota 116, concessionária responsável pela via, informou que uma nova ponte será projetada no local em um prazo de 150 dias. O pedágio de R$ 3,70 não está sendo cobrado por decisão judicial.

Na RJ-130, no trecho de Mury, o asfalto com remendos indica que os buracos foram tampados. Aberturas e deslizamentos provocados pela chuva nos quilômetros 75,5 e 78 foram consertados.

Na BR-495, que liga Teresópolis a Itaipava, foi decretada situação emergencial por causa de deslizamentos em 7 pontos. A estrada passa por obras há cerca de um ano.

Desde janeiro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) executa obras de contenção de encostas e troca de asfalto. A conclusão da reforma está prevista para o segundo semestre.

As imagens da reportagem podem ser vistas no www.g1.globo.com