Até o fim do ano, a Rodovia Presidente Dutra irá receber mais 30 radares fixos, 11 deles devem ficar no Vale do Paraíba. A fiscalização é para controlar os acidentes, e irá forçar os motoristas a ficarem atentos aos limites de velocidade.

A via Dutra é uma das rodovias mais movimentadas do país. Só no trecho do Vale do Paraíba passam, em média, 150.000 veículos por dia. Grande também é o número de acidentes, só no primeiro semestre desse ano foram 1.786 ocorrências, quase 10 por dia.

A Polícia Rodoviária Federal afirma que a falta de atenção dos motoristas é a principal causa de acidentes, mas que os mais graves são causados pelo excesso de velocidade.

O limite é de 110km/h para veículos leves e de 90km/h para pesados. A partir de agora, a fiscalização de velocidade na Dutra vai ser intensificada. 30 novos radares fixos já começaram a ser instalados, 11 deles no trecho do Vale do Paraíba.

Na pista sentido Rio de Janeiro, os pontos são em Jacareí, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena. E atenção, em Taubaté e Guará, o limite de velocidade é de 100 km/h.

No sentido São Paulo, os radares serão instalados em Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Silveiras, onde a velocidade máxima é de 80 km/h. Os locais foram selecionados depois de uma pesquisa na área. “Nesses estudos é verificada a incidência de volume de tráfego diário, e em locais determinados a incidência de acidentes é maior, e por isso a implantação de radares”, explica o Policial Rodoviário Federal, Francisco Pimentel.

A notícia da instalação desses novos equipamentos foi bem recebida pelos motoristas. “Tem muito desrespeito com os demais motoristas e pedestres, e mexendo no bolso acho que pode melhorar”, diz a educadora Milena Toledo. “Acho que a educação seria o melhor, e não precisaria disso, mas se não é possível isso então o radar controla”, diz a aposentada Maria Moura.

A única preocupação é com a variação do limite de velocidade em alguns trechos. “Pode atrapalhar no caso da pessoa estar cortando um caminhão, não ver a mudança da placa, e ser surpreendido mais a frente”, opina o professor Messias Borges. “A variação, se não tiver um motivo muito forte, não tem sentido. Se a velocidade é 110 km/h deve continuar assim no trecho todo, a não ser que seja uma área com escola, se não parece pegadinha para multar, indústria de multa mesmo”, finaliza Otávio Fiães.

O sistema da Polícia Rodoviária Federal está fora do ar há uma semana e sem previsão para voltar a funcionar, por isso não foi possível levantar quantas multas foram aplicadas no trecho do Vale do Paraíba.

A concessionária NovaDutra também não soube informar quando os radares entram em operação. A previsão é que a instalação seja concluída em dezembro deste ano. A empresa ainda afirma que as placas indicativas de mudança de velocidade vão estar localizadas antes dos radares.